Os empresários dos bares do Largo da Oliveira, em Guimarães, estão revoltados com os espaços de esplanada que a Câmara Municipal pretende atribuir a cada um deles no próximo ano. A autarquia está a reduzir a ocupação do espaço público, depois do alargamento no período da pandemia
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Estes comerciantes queixam-se da Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH) que dizem não representar os seus interesses. O presidente da AVH, José Diogo Silva, diz-se, porém, disponível para conversar com os representantes dos estabelecimentos, mas afirma que foram eles que não compareceram numa reunião realizada para discutir o problema, na última sexta-feira.
Os proprietários dos bares Medieval, Zerograus, Rolhas e Rótulos, Coconut, Tapas e Petiscos e Salado Bar emitiram, anteontem, um comunicado em que dizem que "não houve atenção às pretensões dos empresários do Largo da Oliveira". No documento afirmam que a redução do espaço de esplanadas põe em causa a sua viabilidade económica. "Os técnicos da autarquia defendem uma redução das áreas das esplanadas por simples questão de fotografia e fundamentalismo", acusam.
Primeira proposta era "mais drástica", diz associação
O presidente da AVH, que negociou com o município em nome dos bares e restaurantes, lembra que a primeira proposta dos técnicos da Divisão do Centro Histórico, "era muito mais drástica". Segundo diz, "era para voltar ao que existia antes do covid, sem ter em conta os investimentos feitos".
A negociação levou a Câmara a apresentar uma segunda proposta, "em que todos ficaram com mais área do que tinham antes da covid", afirma o presidente da AVH. "Na reunião para debater este e outros temas apareceram seis sócios da Praça de Santiago e um do Largo do Trovador. Não compareceu ninguém do Largo da Oliveira", aponta.
Segundo o dirigente, "no caso do Largo de Santiago vai ser apresentada uma contraproposta à Câmara".
Para minorar o efeito das medidas de lotação dos estabelecimentos, durante a pandemia, a Câmara de Guimarães permitiu um alargamento das esplanadas até um máximo de 100% do espaço licenciado e atribuiu licenças especiais a estabelecimentos que até aí não tinham áreas exteriores. Além disso, o Município isentou os estabelecimentos do pagamento de taxas pela utilização do espaço público.