A barra do porto da Figueira da Foz reabriu às 12.30 horas deste domingo, condicionada à saída dos quatro navios cargueiros que estão desde terça-feira no interior do porto comercial.
Corpo do artigo
De acordo com Nuno Leitão, porta-voz da Autoridade Marítima, a navegação na barra está condicionada à saída dos quatro navios que estão no interior do porto e que deverão sair até à preia-mar, cerca das 15.00 horas, mantendo-se encerrada à restante navegação.
O mesmo responsável frisou ainda que foi confirmado que as redes que foram detetadas no rio Mondego pelo sonar lateral da Marinha "estão assentes no fundo, não há redes suspensas", permitindo a saída dos navios.
Já o administrador do porto da Figueira da Foz, Luís Leal, disse à agência Lusa que a autorização de saída dos navios resulta de um despacho do comandante do Porto da Figueira da Foz, que condiciona a navegação de saída da barra a embarcações superiores a 35 metros.
O primeiro navio saiu cerca das 12.45 horas e, o segundo, pelas 13.20 horas. Entre a saída de um e de outro cargueiro, foi detetado, no rio, a boiar, o corpo do pescador do arrastão naufragado que ainda se encontrava desaparecido, e aquela operação foi momentaneamente suspensa para ser possível retirar o cadáver da água.
Luís Leal disse ainda que o corredor de saída está condicionado, por existir um perímetro de segurança com 60 metros de largura para norte do arrastão naufragado - cujo casco é visível no rio - e que o navio que oferece mais preocupação às autoridades portuárias será o último dos quatro a sair. "É o que vai com maior carga", frisou.
Com a descoberta do corpo do pescador que ainda estava desaparecido, Luís Leal considerou que a "prioridade" passa agora para a remoção das redes, que ainda se encontram no fundo, e para a deslocalização do arrastão, mais para o interior do rio, em direção à praia do Cabedelinho.
Essas operações deverão decorrer até ao final da manhã de segunda-feira, para que seja possível permitir, na próxima preia-mar diurna (cerca das 15.30 horas de segunda-feira), a entrada, ainda que condicionada e desde que as condições do mar o permitam, de seis navios cargueiros que estão ao largo da Figueira da Foz.