Basílio Horta chegou à Câmara de Sintra em 2013, ganhou popularidade, conseguindo a maioria absoluta nas últimas autárquicas. Não revela ainda se se recandidata, mas é a escolha esperada.
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Em oito anos, Basílio Horta construiu cinco centros de saúde e adjudicou a construção de um novo hospital, o primeiro financiado por uma autarquia. Admite que a habitação municipal ficou para trás porque a saúde e a educação eram prioritárias. Orgulha-se de não ter dívidas e liderar a autarquia com maior eficiência financeira.
Ao final de dois mandatos, o que ainda falta fazer?
Ainda falta fazer tanto. Temos de fazer um grande esforço na habitação. Há um projeto municipal, de 130 milhões de euros, que vai ser uma revolução em Sintra. Só agora estamos a tratar do assunto a sério. A vila também precisa de um grande investimento em saneamento básico, que está a ser feito. Temos tratado profundamente a saúde e agora vamos à habitação.
Foi uma questão de prioridades?
Sim. A habitação é uma área muito relevante, mas a saúde está primeiro. Uma pessoa pode não ter casa, mas se tiver saúde pode trabalhar para conquistá-la. Em 2013 não havia suporte avançado de vida em Sintra, a VMER vinha de Lisboa ou Cascais.
O novo hospital ou a primeira universidade pública do concelho eram dois dos principais projetos que gostaria de ver concluídos?
Gostava muito de ver o hospital concluído, pois é caso único a nível nacional. É a primeira vez que uma câmara faz um hospital e entrega "chave na mão" ao Serviço Nacional de Saúde. Fazemos este investimento, de 45 milhões, com recursos próprios e sem empréstimos, pois a câmara não tem dívidas.
Era uma das suas principais ambições?
O hospital era muito importante, mas os seis centros de saúde, cinco construídos e um em construção, e as dezenas de escolas, onde chovia lá dentro, que requalificámos, também. O centro de saúde de Agualva-Cacém era o pior do país, onde os médicos saiam à rua para fazer consultas porque os doentes não eram capazes de subir ao segundo andar do prédio. Não havia universidades em Sintra, agora há uma Faculdade de Medicina e vamos ter um polo universitário do Instituto Universitário de Lisboa. A construção de parques urbanos e 27 quilómetros de ciclovias também foram importantes.
O que é correu menos bem?
Fundamentalmente os atrasos das obras. A pousada da juventude está quase pronta, mas atrasou-se quase dois anos.
O que é que falta para anunciar a recandidatura?
Falta tempo para pensar nisso, para ver todas as consequências. É o mérito da nossa gestão, a solidariedade entre todos, que me levará eventualmente a recandidatar-me.
Faz um balanço positivo dos dois mandatos?
Faço um balanço de consciência tranquila. Fiz o melhor que soube e o melhor que pude.