Autarquia exige o encerramento imediato das explorações responsáveis pelos atentados ambientais.
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O presidente da Câmara Municipal da Batalha exige o encerramento das explorações suinícolas responsáveis pelas descargas poluentes que se registaram nos últimos dias num afluente do rio Lena que atravessa o concelho. "Aproveitar a situação de emergência nacional face à Covid-19, que está a mobilizar todos os recursos das autoridades para realizar crimes ambientais desta gravidade é inaceitável e exige uma resposta enérgica das entidades policiais e da Justiça portuguesa", afirma Paulo Batista Santos.
Segundo a autarquia, foram registadas pelo menos "duas fortes descargas com consequências devastadoras para a fauna e flora" na Ribeira da Calvaria. A identificação dos presumíveis responsáveis por estas descargas suinícolas já foi entregue ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e o município pretende enviar também uma queixa por crime ambiental para o Ministério Público.
"O município da Batalha tudo irá fazer para que os responsáveis sejam criminalizados e a suas condutas denunciadas perante a Justiça e a opinião pública, que tem o direito de saber quem são estes empresários sem escrúpulos que, numa fase muito difícil da nossa vida coletiva, aproveitam para ganhar dinheiro sem qualquer respeito pela humanidade que os rodeia", assevera Paulo Batista Santos.
Além da queixa-crime, o autarca pretende ainda interceder junto do Ministério da Agricultura para que determine a imediata cessação da atividade das explorações "que estão a prejudicar gravemente o ambiente e a colocar em risco a bacia hidrográfica do Lis, principal fonte de captação de água para o consumo humano".
Rio Lena em perigo
As descargas foram efetuadas num afluente do Rio Lena, um curso de água que nasce no concelho de Porto de Mós e atravessa o município da Batalha. Vai desaguar no Rio Lis, já na cidade de Leiria.