O Bloco de Esquerda (BE) exige da Câmara da Póvoa de Varzim "transparência total" na comunicação sobre a qualidade das águas balneares. Depois de seis praias da zona norte do concelho terem visto os banhos desaconselhados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) devido a contaminação microbiológica, o BE questionou ainda o Ministério do Ambiente. Quer saber o que vai a tutela de Maria da Graça Carvalho fazer "para que situações destas não se voltem a repetir".
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"A qualidade das águas balneares não pode ser vista apenas como uma questão de imagem ou promoção turística: é antes mais um tema de saúde pública, justiça ambiental e responsabilidade política", afirma, em comunicado, o BE.
O partido diz ainda que os poveiros e banhistas "merecem praias seguras, limpas e dignas" e que a responsabilidade pela sua proteção "começa pelas autoridades locais".
Assim, exige "transparência total na comunicação da qualidade da água e eventuais riscos para os/as banhistas", análises mensais à água de consumo e Estação de Tratamento de Águas Residuais "com a divulgação pública dos resultados no site e redes sociais do município", bem como "a criação de um protocolo com o ICBAS para a aplicação de sensores experimentais de avaliação da qualidade da água das praias".
Este ano, entre 4 e 6 de agosto, na Póvoa, estiveram desaconselhados os banhos nas praias a norte do concelho (Lagoa, Fragosa, Paimó, Quião, Codixeira e Estela) devido a valores elevados de E. coli (três vezes acima do máximo).
Desta vez, o valor da bactéria que pode causar infecção urinária ou gastroenterite é oito vezes superior ao máximo permitido. Estão, assim, desaconselhadas a banhos e a aguardar os resultados da contra-análise todas as praias da Zona Urbana Norte (Verde, Beijinhos, Lada I e II, Hotel e Lagoa II).
O BE lembra ainda que, o ano passado, "a praia da Lagoa também esteve interdita a banhos pelas mesmas razões" e, por isso, "manifesta a sua profunda preocupação com o estado da qualidade da água balnear no concelho" pela "segurança e saúde dos milhares de banhistas que frequentam as suas praias, mas também pelo impacto direto no turismo, na economia local e na imagem ambiental do concelho".