
Bebé de 19 meses morreu na creche, ao que tudo indica, por morte súbita
Arquivo Global Imagens
Uma equipa de psicólogos da Cruz Vermelha vai deslocar-se esta sexta-feira a Valença para dar apoio aos funcionários e à família do bebé que morreu, na quarta-feira, numa creche da instituição naquela cidade.
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Segundo a diretora do serviço, Suzete Ribeiro, a morte do menino que fazia cinco meses no próximo dia 20, "foi uma situação única na creche, que está com lotação máxima de 50 crianças, e para a qual ninguém está preparado". Adiantou que, apesar do diagnóstico médico indicar que se tratou de "morte súbita", o mesmo será confirmado através de autópsia. E declarou que a instituição não avançará com qualquer procedimento ou inquérito relacionado com a situação. "A GNR esteve no local e fomos todos interrogados. Não há suspeitas de nada", garantiu.
Quanto ao sucedido, contou que a criança foi deixada na creche pela família cerca das 13 horas, levada por uma educadora para o berçário e entregue a uma auxiliar. "O menino reagia bem, como todos os dias, estava normalíssimo. A auxiliar colocou-o na caminha para dormir, adormeceu-o e num intervalo de 20 minutos olhou e achou-o muito pálido, com os lábios já roxos. Deu o alerta e saiu para a receção com o menino nos braços", disse.
"Estava cá, por acaso, uma médica da Medicina no Trabalho, que iniciou manobras de reanimação. Depois apareceu o nosso clínico que ajudou e chamou-se o INEM e a SIV, mas não se conseguiu reverter a situação", contou.
E concluiu: "As duas funcionárias que presenciaram mais a situação tiveram que ir para casa com crises de ansiedade e uma delas foi assistida pelo INEM. Sexta-feira vem uma equipa de psicólogos encaminhada pela sede da Cruz Vermelha para prestar apoio psicossocial ao pessoal que não está em condições e à família da criança", referiu Suzete Ribeiro.
