O projeto do primeiro tuk tuk da cidade está à espera de licenciamento da autarquia.
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Recebeu a viatura nos primeiros dias de março, antes de rebentar a pandemia do covid-19 e teve que ficar guardado dois meses num parque de estacionamento subterrâneo, propriedade da Câmara de Beja onde adquiriu um lugar de parqueamento.
Com o desconfinamento, Paulo Alves decorou o "Tuk Forever", deu as primeiras voltas pela cidade e aguarda o licenciamento autárquico, que estará para breve, para começar a transportar passageiros pela velhinha "Pax-Júlia".
Quando viu os primeiros veículos em Sintra prometeu a si próprio: "É este táxi das travessas que vou levar para Beja", contou ao JN, o bejense de 56 anos, conhecido como "Papin", pela admiração que sempre teve pelo ex-futebolista francês.
A situação de desempregado levou-o a arriscar no sonho e há cinco anos apresentou o projeto a um banco, que não aprovou a operação, mas não desistiu. O ano passado voltou à carga e através de uma empresa da especialidade, voltou a apresentar a candidatura que foi aceite. "No final do ano passado, recebi a boa notícia. É um investimento global de 13 mil euros, que acredito vou rentabilizar", justifica.
Paul Alves já tem uma ideia de como vai gerir a atividade. Junto ao Castelo, onde está instalado o posto de turismo, será o principal local de paragem do tuk-tuk e como vai fazer os giros: "Uma volta pela zona histórica, que também abarcar a área limítrofe, menos conhecida, custará dez euros por adulto e cinco euros para crianças até aos 10 anos", justificando que a viatura tem lugar para quatro pessoas.
O antigo funcionário administrativo acredita no sucesso do seu investimento. "O facto de ser um filho da terra, permite-me conhecer muito bem a cidade e mostrar a mesma aos turistas", justificando que "não há concorrência com os táxis. Eu na minha e eles na deles", resumiu.