Temperatura de oito graus e muita chuva não afastou aficionados.
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Foi molhada, como preconiza o adágio popular para qualquer boda, a primeira bênção das motas na Serra da Estrela, realizada ao final da manhã deste domingo. Quando foi agendada para junho, a organização estava longe de pensar que o dia seria tão agreste para este evento, pensado há dois anos, mas que a pandemia forçou a que fosse adiado. "Correu muito bem e com uma adesão fantástica", sintetizou, ao JN, António Batista, líder do Grupo Motard Família da Estrela.
Os mentores desta iniciativa apontam para mais de duas mil motas presentes, num total que ultrapassa as 2500 pessoas. "Superou em muito as expectativas até porque a meteorologia não nos foi favorável", contou o líder do grupo sedeado em Seia, criado em 2019. À hora da missa, realizada na Capela da Nossa Senhora do Ar, no Alto da Torre, estavam cerca de 8 graus de temperatura e muita chuva. "Fomos todos uns bravos e mostrámos que queríamos muito participar neste evento porque nenhum dos que veio temeu o estado do tempo", frisou António Batista, satisfeito porque tudo tinha corrido bem e sem incidentes, num convívio que juntou motards provenientes de regiões desde o Algarve ao Minho.
"A satisfação de todos foi grande e os que conseguiram levar o kit/oferta ainda ficaram mais contentes", brincou o organizador, aludindo aos queijos da serra, pão de centeio e compotas a que os primeiros 250 a chegar ao Alto da Torre tiveram direito. "Vamos ainda ter de fazer um balanço a frio nos próximos tempos, mas queremos que esta bênção das motas se fixe no calendário nacional dos grupos motards e que, nas próximas edições, possa atrair ainda mais aficionados das duas rodas", concluiu o líder do Grupo Motard Família da Estrela, apontando para uma realização regular anual a cada segundo domingo de junho a partir de 2023. Depois da bênção, o convívio prosseguiu pelos restaurantes da região serrana.