A Câmara do Porto vai reforçar a Biblioteca Almeida Garrett com 70 mil novos livros, dos quais 57 mil já deverão estar disponíveis para leitura até ao mês de junho. O anúncio foi feito por Rui Moreira, ao inaugurar, esta quinta-feira, mais uma biblioteca errante, dedicada à arqueologia.
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"Quero aqui anunciar que, este ano, iremos injetar um fundo extraordinário de 70 mil novos títulos na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, reforçando a sua vocação de grande biblioteca de leitura pública do Porto", revelou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, ao inaugurar, esta quinta-feira, a sétima biblioteca errante da cidade dedicada à arqueologia.
Segundo o presidente da Câmara do Porto, desses "70 mil novos títulos, 57 mil deverão estar disponíveis nas salas de leitura ou para empréstimo até ao mês de junho". Referem-se a "temáticas tão variadas como ficção e a poesia, a literatura infantojuvenil, as artes, as ciências, a filosofia, a educação e a espiritualidade".
"Esta medida reveste-se de um caráter inédito e extraordinário e corresponde a praticamente o dobro das disponibilidades fundacionais da Biblioteca, aquando da sua abertura, em 2001", sublinhou Rui Moreira, lembrando que abriu com um acervo de 40 mil títulos.
O presidente da Câmara do Porto anunciou também que, na Biblioteca Almeida Garrett, estão a avançar obras com vista à construção de uma Casa Forte, onde será colocado, "nas melhores condições técnicas", o fundo de manuscritos da Biblioteca Pública Municipal, que vai ser alvo de uma profunda intervenção. "A operação deverá estar concluída em outubro", antecipou o autarca, estimando que, nessa altura, os fundos já possam estar disponíveis para "consulta, estudo ou digitalização".
Aliás, é precisamente devido à intervenção na Biblioteca Pública Municipal que a Câmara do Porto avançou com o projeto de bibliotecas errantes. Esta quinta-feira, Rui Moreira inaugurou a Biblioteca de Arqueologia, no Parque da Pasteleira, com um acervo de 800 livros. "Estamos a pulverizar a cidade de livros e estamos a dar leveza, proximidade, às bibliotecas de leitura pública", considerou Rui Moreira.
"O sonho de pulverizar a cidade de pequenas bibliotecas vai levar mais próximo e mais longe o livro e a leitura", reforçou o diretor do Museu e Bibliotecas do Porto, Jorge Sobrado, anunciando a abertura, a 23 de abril, de uma biblioteca com cerca de cinco mil livros de escritores da cidade, desde os clássicos aos contemporâneos. Está também a ser preparado um espaço dedicado ao humor (Parque do Covelo), outro à poesia (antiga Casa de Eugénio de Andrade) e aos periódicos do Porto (Escola Pires de Lima).