A Obra Diocesana de Promoção Social do Porto celebrou, esta terça-feira, 60 anos de apoio a comunidades vulneráveis, numa cerimónia presidida pelo Bispo do Porto, D. Manuel Linda. O evento foi marcado pela bênção das novas carrinhas elétricas ao serviço da instituição.
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A cerimónia teve lugar no Centro Social da Pasteleira, um dos doze centros distribuídos por zonas da cidade do Porto com elevada carência social. D. Manuel Linda benzeu as nove carrinhas, que vão ajudar à prestação de serviços de apoio domiciliário e à família, centro de dia e de convívio, creche e pré-escolar.
Antes da bênção, o bispo salientou que os veículos "vão tornar possíveis quilómetros e quilómetros de solicitude" para apoiar mais de duas mil pessoas. Destacou a importância do trabalho no combate ao índice de pobreza em Portugal, que se mantém elevado "não há anos, mas há décadas", e ainda o facto de as novas carrinhas serem elétricas, um "elemento diferenciador", por associar a sustentabilidade à solidariedade.
Ao JN, D. Manuel Linda falou sobre o apoio dado pela Obra na integração e inserção comunitárias e na promoção da autonomia de pessoas em condições de vulnerabilidade. Neste sentido, destacou o Seminário do Bom Pastor, em Ermesinde, cujo trabalho de ajuda a 50 refugiados foi criado aquando da chegada de ucranianos ao nosso país por causa da guerra. É um exemplo da capacidade da instituição para "responder às necessidades que vão surgindo ao longo do tempo".
O padre Manuel Brito, presidente do Conselho de Administração da Obra, também discursou e endereçou uma "palavra de apreço aos 258 trabalhadores, por estarem na linha da frente a apoiar crianças e idosos". Manuel Brito afirmou que "a Obra Diocesana orgulha-se do seu presente e, certamente, vai orgulhar-se do seu futuro", pela missão levada a cabo.
Discursaram ainda a diretora do Centro Distrital de Segurança Social, Rosário Loureiro, e Fernando Paulo, vereador do pelouro da Coesão Social da Câmara do Porto. Rosário Loureiro explicou que a Obra Diocesana submeteu uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito da Mobilidade Verde Social, para conseguir dez carrinhas. Obtiveram as nove benzidas pelo bispo (seis delas para transporte de utentes e três para transporte de refeições), que entraram em ação logo depois da bênção, e com as quais vão tentar cumprir os objetivos, enquanto procuram dar "um abraço amigo", como "rede de apoio e suporte". Fernando Paulo fechou os discursos com a convicção de que vê um "futuro promissor" para a Obra Diocesana, uma vez que é "a maior resposta social do Porto".
Antes de cantarem os parabéns pelos 60 anos, convidados, utentes e profissionais tiveram direito a uma atuação surpresa de algumas crianças do infantário do Centro Social da Pasteleira. Seguiu-se a inauguração da exposição que retrata a história da Obra Diocesana.
A primeira fatia de bolo foi cortada a quatro mãos pelo bispo, pelo padre Manuel Brito, por Rosário Loureiro e por Fernando Paulo, que, em conjunto, representam a base da instituição: diocese, Câmara e Segurança Social.