O incêndio que deflagrou há quase uma semana num centro de reciclagem no Ludo, Loulé, continua activo, mas o dispositivo de vigilância dos bombeiros tem vindo a ser reduzido, disse o Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro.
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Em declarações à Lusa, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro (CDOS) explicou que o fogo continua a consumir materiais no centro de reciclagem, mas actualmente o dispositivo para evitar qualquer propagação à mata circundante é apenas composto por dois homens, com uma viatura, tendo vindo a diminuir progressivamente ao longo da semana.
A mesma fonte precisou que ainda há em combustão materiais de construção, como madeiras e plásticos, que são altamente inflamáveis e demoram muito a consumir, e não há uma previsão de quando o fogo possa estar totalmente extinto.
O incêndio deflagrou na madrugada de segunda-feira passada num centro de reciclagem do Ludo, consumindo grandes quantidades desse tipo de materiais, o que provocou a libertação de fumo durante vários dias, causando preocupação aos moradores das zonas circundantes, segundo disse fonte dos bombeiros à Lusa.
Fonte do CDOS confirmou a existência de algumas chamadas de moradores preocupados em saber os riscos de exposição ao fumo que, consoante a direcção do vento, se propagava até Faro, a escassos quilómetros do local onde se encontra o centro de reciclagem, situado numa zona do Ludo já pertencente ao concelho de Loulé a poucos quilómetros da capital algarvia.
O comandante dos Bombeiros de Loulé explicou na altura que a grande dificuldade em extinguir o fogo se devia ao facto de os materiais estarem empilhados em montes que chegavam a atingir os 10 metros de altura e os 20 de diâmetro.
"São grandes volumes de material inflamável onde há muito pouco oxigénio para arder rapidamente e não há maneira de a água entrar lá dentro", explicou na altura à Lusa Irlandino Santos.
Os bombeiros tentaram por isso arrefecer o perímetro do centro de reciclagem, com cerca de três hectares, para evitar a propagação do fogo, enquanto os materiais continuavam a arder lentamente em brasa.
Simultaneamente, estabeleceram um perímetro de vigilância em redor do centro de reciclagem para evitar que o fogo se propagasse à mata circundante, composto por meios humanos e veículos para fazer o primeiro combate a incêndios, mas ao longo da semana o número de elementos e viaturas que o compõem tem vindo a ser reduzido progressivamente.
Na quarta-feira, chegaram a estar de prevenção 14 homens e dois veículos, incluindo um autotanque, mas actualmente apenas estão no local dois homens, e um veículo, segundo o CDOS de Faro.