Os Bombeiros Voluntários de Amarante iniciam às zero horas desta quinta-feira a vigilância permanente à circulação rodoviária no túnel do Marão para que possam acorrer às situações de emergência que possam surgir. Três horas depois a equipa de três elementos é revezada por outros tantos bombeiros da Cruz Branca de Vila Real e assim sucessivamente 24 sobre 24 horas.
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No edifício localizado junto à saída da galeria norte, sentido Vila Real - Amarante, estarão as equipas da Infraestruturas de Portugal (IP) e os bombeiros, que terão acesso ao serviço de voz direto entre a sala e o centro de controlo de tráfego da IP, com gravação das comunicações, e à visualização das imagens do túnel na sala.
De acordo com o protocolo assinado no dia 26 de abril, a IP assumiu o pagamento de uma verba mensal de 12.476 euros, ou seja, 6238 euros a cada associação. Por sua vez, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) assume o pagamento da verba mensal 6718 euros (3359 euros a cada corporação). O protocolo é válido até dezembro de 2018.
"O centro de comando está sempre aberto, funciona em articulação com Almada. No âmbito da revisão do plano de emergência vamos ter 24 horas, sete dias por semana, todo o ano, o centro de emergência a funcionar para acorrer às situações de emergência", salientou o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d"Oliveira Martins, aquando da assinatura do protocolo. Na ocasião, o governante que se fazia acompanhar pelo secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves prometia a entrada da vigilância uma semana depois, mas a realidade é que só na próxima madrugada é que o túnel passa a ser vigiado diretamente pelos bombeiros.
Refira-se que o incêndio num autocarro, dentro do Túnel do Marão, em junho de 2017, lançou um alerta sobre questões de segurança e socorro dentro deste que é o maior túnel rodoviário da Península Ibérica, com 5665 metros e está incluído no Autoestrada 4 (A4).
Um inquérito à avaliação da resposta operacional apontou lacunas na resposta ao incêndio. O documento revelou um hiato temporal de 36 minutos entre o alerta inicial e o início do combate e aconselhou uma revisão dos procedimentos para agilizar a chegada dos meios.
O relatório ao incidente fez ainda referência ao centro de controlo de trânsito, localizado junto à saída de Amarante, que foi desativado e transferido para as instalações da IP, em Almada.
Depois do incidente com o autocarro já se se registaram mais dois incêndios em viaturas dentro da infraestrutura. Em todos os casos não se registaram vítimas. Contudo, o túnel ficou fechado ao trânsito por diferentes períodos.