Eram cerca das 22.30 horas de quarta-feira quando uma mulher deu à luz na ambulância dos Bombeiros de Fafe, na freguesia de Pedraído, ainda antes de chegar à maternidade do Hospital de Guimarães.
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Foram acionados os Bombeiros Voluntários de Fafe, porque o INEM estava indisponível por estar noutras ocorrências, e tudo estava nas mãos dos bombeiros Pedro Cunha e Marilisa Soares. "Estava em contacto com o CODU quando começamos o parto, desliguei o telefone e quando me devolveram a chamada já ouviram a menina a chorar e disseram-nos que tínhamos de fazer o trabalho todo porque não havia equipa médica disponível", recordou ao JN Pedro Cunha, 36 anos.
Marilisa, 34 anos, percebeu à segunda contração, que não havia tempo para esperar. "Quando o Pedro está a fazer a chamada para o CODU e a senhora teve uma primeira contração onde se vê a cabeça da menina percebemos que seria ali", recordou. Depois foi a "sensação única" de ouvir o choro da pequena Maria, que nasceu a 500 metros de casa.
No caminho para o Hospital de Guimarães, a cerca de 30 quilómetros, a preocupação para que tudo corresse bem e, à chegada, a sensação do dever cumprido. "Temos de ser valorizados e estas situações fazem-nos ter cada vez mais orgulho da farda que vestimos", destacou Pedro. Já Marilisa destacou as palavras que ouviu no hospital. "A equipa médica deu-nos os parabéns pelo trabalho realizado e isso dá-nos muito ânimo. Nunca me hei-de esquecer deste serviço nem a cara daquela menina".