Bovinicultores em "choque" com abolição da carne de vaca das cantinas de Coimbra

Reitor da Universidade de Coimbra pretende eliminar a carne de vaca das ementas das 14 cantinas
Eduardo Costa / Arquivo Global Imagens
Os produtores de bovinos portugueses dizem-se "em choque" com a medida anunciada, esta terça-feira, por Amílcar Falcão, reitor da Universidade de Coimbra, que pretende eliminar a carne de vaca das ementas das 14 cantinas daquela instituição de Ensino Superior, já a partir de janeiro de 2020.
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Pedro Espadinha, presidente da Federação Nacional das Associações de Bovinicultores, acusa o reitor de ter cedido ao "populismo".
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"Foi com choque e estupefação que tomámos conhecimento da medida. Uma instituição como a Universidade de Coimbra (UC), uma casa de ciência, não deve tomar decisões de forma leviana, tem de recorrer à informação correta e não pode ir em medidas populistas", acusou Pedro Espadinha, em declarações ao JN.
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Em causa está o facto de Amílcar Falcão, na cerimónia de receção aos estudantes, esta terça-feira, ter anunciado a abolição da carne de bovino das cantinas - como primeiro passo para tornar a UC "a primeira universidade portuguesa neutra em carbono" -, uma vez que "a carne de vaca é aquela que deixa maior pegada ambiental".
"E os combustíveis fósseis, que são o que mais polui? O reitor também vai deixar de andar de carro? E é só a vaca que fará mal? E as outras carnes, não contribuem para o aumento da pegada ambiental? Um reitor nunca deveria vir com bandeiras falsas, que não são corroboráveis cientificamente", sublinhou o representante dos bovinicultores.
