Projeto, de 25 milhões de euros, vai à reunião de Câmara de 9 de janeiro
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Os vereadores da Câmara de Braga analisam e votam dia 9 de janeiro, na primeira reunião de 2023 do executivo, o projeto arquitetónico da transformação da antiga fábrica de sabonetes Confiança em residência universitária com mais de 700 camas, um investimento de 25 milhões de euros com fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A vereadora Olga Pereira adiantou esta quinta-feira ao JN que se o projeto da residência for aprovado, avança-se para o lançamento do concurso público, "o que deve acontecer ainda no primeiro trimestre, para ficar pronta um ano depois".
O Município, que tem a parceria da Universidade do Minho (UMinho), a entidade que irá gerir a residência, espera que seja possível fazer a obra com os 25 milhões disponibilizados pelo PRR, isto tendo em atenção que os empreiteiros têm sido obrigados a fazer revisões (em alta) de preços devido à inflação.
O estudo arquitetónico, que prevê a manutenção da fachada e de alguns equipamentos fabris, engloba, além dos quartos, um restaurante, ginásio, SPA e salas de trabalho e de lazer. E abrange uma zona exterior ao edifício.
O investimento, que envolve ainda o Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), com sede em Barcelos, vem responder à falta de camas para estudantes universitários em Braga.
Atualmente, os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) disponibilizam 1399 camas nas quatro residências universitárias existentes em Braga e Guimarães.
A opção pela transformação em residência estudantil mereceu a oposição de uma Plataforma de Cidadãos, que pretendiam que fosse um centro cultural, aberto às associações da cidade. Proposta que a Câmara entendeu ser inexequível.
O edifício foi adquirido pelo município no tempo da gestão de Mesquita Machado e esteve à venda por 3,6 milhões de euros. Mas a hasta pública ficou deserta, o que levou o atual presidente da Câmara, Ricardo Rio, a aceitar a sugestão da UMinho, de construção de uma residência.