Quase quatro meses depois de estalar a polémica sobre a falta de soluções, em Braga, para deixar as crianças e jovens com deficiência, nos períodos fora de aulas e nas férias, o Município de Braga continua sem uma resposta para dar aos pais. Esta segunda-feira, na reunião do Executivo, em resposta à CDU, a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, referiu que as escolas estão a fazer um levantamento das necessidades "para determinar o número de assistentes operacionais a contratar".
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"Estamos a discutir isto há largos meses. Estamos em pleno ano letivo e a solução para os momentos em que as crianças e os jovens não estão a ter aulas, mas deveriam poder permanecer na escola, ainda não está resolvida", lamentou a comunista, Bárbara Barros, à margem da reunião.
"No início de junho começou o problema das mães com filhos com necessidades específicas. Se há tema que nos devia mobilizar a todos era este. Estamos a chegar a outubro e este Executivo não conseguiu fazer nada", criticou o vereador do PS, Hugo Pires, considerando que a vereadora da Educação "é incompetente" e "não consegue resolver coisa nenhuma".
"Se fosse para fazer uma Noite Branca, em que se contrata uma empresa e depois chega a conta e paga-se, seria uma coisa, quando tem que se trabalhar, falar com diferentes pessoas, instituições, organizações, associações de pais e escolas são incapazes", afirmou o socialista. "Não consigo imaginar o que é que os pais estão a passar com estas promessas sucessivas que são uma mão cheia de nada. Os problemas continuam", acrescentou a também vereadora do PS, Sílvia Sousa.
Integrar nas atividades
Segundo Carla Sepúlveda, o pelouro da Educação esteve reunido na última semana com os diretores dos agrupamentos escolares e, após a contabilização do número de alunos com necessidade de apoio, "o compromisso é contratar assistentes operacionais para que as crianças possam participar nas atividades que as escolas têm ao dispor".
As férias escolares, a começar no Natal, serão articuladas com o pelouro do Desporto.