Presidente da Câmara diz que estacionamento pago foi pedido por moradores e comerciantes. Passam a ser 53 as artérias com parcómetros e cerca de dois mil lugares.
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A cidade de Braga vai passar a contar com parquímetros em mais cinco ruas, "a pedido de moradores e comerciantes", justificou, esta segunda-feira, o presidente da Autarquia, Ricardo Rio. A proposta foi aprovada em reunião do Executivo, com críticas dos socialistas, apesar do voto a favor.
De acordo com o documento dos Transportes Urbanos de Braga, que gerem o serviço, o estacionamento pago à superfície vai passar a vigorar na Praceta do Dr. Luís de Almeida Braga, Rua de Andrade Corvo, Rua D. Gonçalo Pereira, Rua de Goa e Rua da Regueira. Ao todo, a cidade passa a contar com 53 artérias com parquímetros, com cerca de dois mil lugares.
Apesar de concordarem com a proposta, os vereadores socialistas recuaram a 2013, quando a maioria PSD-CDS/PP assumiu, pela primeira vez, a Câmara e revogou a concessão do estacionamento pago à superfície que estava nas mãos da ESSE. Segundo Hugo Pires, na altura, "existiam 1120 lugares pagos", valor que foi contraposto por Ricardo Rio.
"Houve um alargamento que criticamos, porque não fez sentido lançar uma concessão para 1400 lugares e, no minuto seguinte, atribuir 2400. Depois, a expansão estava a ir para zonas predominantemente residenciais, contra a vontade dos moradores e sem que tal se justificasse", defendeu o autarca, sublinhando que o plano da gestão socialista previa "4200 lugares" de estacionamento pago.
Para Hugo Pires, que refutou as contas do edil, "o que é hoje notório é que a maioria aumentou o número de lugares e são os próprios moradores a pedir que a medida seja implementada. Este Executivo anda atrasado, não planeia o desenvolvimento da cidade nem a mobilidade", criticou.
Bárbara Barros, da CDU, absteve-se por perceber "a pertinência" da medida em algumas ruas.
Propostas não votadas
O Executivo de Braga decidiu, esta segunda-feira, não votar as propostas que foram levadas a reunião de Câmara, por todos os partidos, relacionadas com as necessidades dos alunos com deficiência que não têm soluções para as férias ou para os períodos letivos que não estão cobertos por aulas.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, acedeu ao repto dos socialistas e vai promover uma reunião com a Oposição para tratar a matéria em conjunto.
Esta segunda-feira, o tema foi um dos que provocou mais tensão na reunião quinzenal. A vereadora da CDU, Bárbara Barros, chegou mesmo a sair da sala, após algumas provocações dos socialistas. O movimento "Pais em luta" também fez-se ouvir.