Projeto-piloto entre o Sameiro e o monte da Falperra é uma das novidades para este Verão, que conta com um dispositivo reforçado.
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A Câmara de Braga vai instalar oito sensores de deteção de incêndio entre o Sameiro e o monte da Falperra para poder responder de forma rápida a eventuais ocorrências. "Este é um projeto-piloto que poderemos depois alargar a outros locais", explicou esta terça-feira o vereador da Proteção Civil, durante a apresentação do dispositivo municipal de vigilância e primeira intervenção.
Altino Bessa disse que "tudo indica" que 2023 será um "ano difícil do ponto de vista das condições climatéricas", obrigando a "trabalho redobrado". "Teremos um dispositivo capaz e preparado, o que certamente irá dar resultados e minimizar os prejuízos que os incêndios possam causar", assegurou o vereador.
Para as ações de vigilância, o dispositivo conta com 34 operacionais e 14 viaturas de várias entidades. Na primeira intervenção, o número de operacionais sobe para 187, tendo à disposição 15 veículos, com a novidade de existir uma terceira unidade local de Proteção Civil - em Este São Pedro e São Mamede - e uma nova viatura todo-o-terreno nos Bombeiros Sapadores. Além disso, segundo Altino Bessa, entre junho e outubro, ficam estacionados no aeródromo municipal "um meio aéreo ligeiro e outro pesado, um Kamov".
Evitar queimas
O coordenador da Proteção Civil de Braga, Vítor Azevedo, garantiu que a intenção é ter "máxima atenção e máxima prontidão" e apelou a que não sejam realizadas queimas de sobrantes, o que disse estar na origem de "cerca de 70%" dos incêndios florestais. "As pessoas podem contactar a Proteção Civil e nós vamos ao local fazer a destruição dos sobrantes sem recurso à queima", assegurou.
Vítor Azevedo adiantou que existem cerca de "70 a 80" processos de identificação e notificação de donos de terrenos que não foram limpos dentro dos prazos. "Quando há incumprimento fazemos uma abordagem no sentido de ser o proprietário a limpar o terreno, o que acontece em 90% dos casos. Se não o fizer, finalizado o processo previsto na lei, avançámos para a notificação e a execução coerciva", explicou o responsável.