As ruas de Braga voltaram a encher-se, esta sexta-feira à noite, para a Procissão do Enterro do Senhor, uma das manifestações mais imponentes e solenes da Semana Santa. O cortejo foi acompanhado por milhares de espectadores, à semelhança dos que aconteceu nas procissões realizadas nos dois dias anteriores.
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Com panos pretos a tapar a iluminação pública, retomando uma tradição da década de 30 do século passado, bandeiras e estandartes a arrastar pelo chão e um silêncio apenas cortado pelas bandas musicais, a procissão percorreu o centro histórico da cidade transportando uma urna com a imagem de Cristo morto.
Em passo lento, com um ambiente propositadamente soturno em representação do luto e para convidar ao recolhimento, as matracas dos farricocos seguiram em silêncio – ao contrário do som estridente da última noite – e a pouca luz que emanou da procissão saiu das velas transportadas por muitos dos elementos que nela seguiam.
Tal como na noite anterior, a chuva ameaçou, chegou aliás a chover miudinho à saída da Sé, mas apenas por breves minutos, sem que tenha posto em risco a realização da última grande procissão da Semana Santa. E essa foi uma enorme diferença em relação ao ano passado, em que nenhum dos três cortejos noturnos saiu às ruas devido ao mau tempo.