Quem alguma vez sonhou casar num palácio, num cenário de filme de príncipes e princesas, vai, em breve, poder fazê-lo na região do Alto Minho.
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O Palácio da Brejoeira, em Monção, prepara-se para avançar, em breve, com um serviço profissional de organização de eventos. Uma cada vez mais intensa procura do espaço, sobretudo por espanhóis que querem dar o nó com cerimónia digna da realeza, levou a administração deste monumento nacional, desde 1910, a abrir portas ao sonho.
"Estamos a ser solicitados por associações e outras instituições para a realização de eventos, jantares, festas e, principalmente, casamentos. Estamos em março e já rejeitámos uns 15 pedidos, na maioria de espanhóis", afirma o administrador do espaço, Emílio Magalhães. Por iniciativa própria e para se testar, o palácio organizou há pouco dois casamentos.
A experiência foi, porém, pouco satisfatória: "Concluímos que não temos capacidade organizativa e, por isso, resolvemos avançar com uma parceria com uma empresa de eventos para aluguer do espaço". "Estamos a negociar com empresas portuguesas e espanholas, e esperamos começar com isso no meio da primavera", adianta.
O mercado espanhol está na mira da administração da Brejoeira, tendo em conta "a grande apetência" da população do país vizinho para visitar este tipo de espaço. "Adoram isto, têm um conceito de património muito diferente do nosso. Ainda estamos um bocadinho atrás", comenta, revelando que, dos "60 mil visitantes" que o palácio recebeu desde que abriu ao público, há dois anos e meio, "40 por cento" eram de Espanha. Franceses e portugueses surgem a seguir e, depois, estrangeiros "de todo o mundo".
Atualmente, é possível efetuar três tipos de visitas: A mais barata custa 5 euros e permite visitar a zona pública do palácio (há uma parte reservada ao usufruto da administração e 37 funcionários), e o jardim. Por mais 2,5, é possível visitar ainda a adega e as vinhas (18 hectares) que, por ano, produzem cerca de 50 mil garrafas do célebre Alvarinho "Palácio da Brejoeira".
Se o visitante estiver disposto a pagar 10 euros, poderá acrescentar à visita uma prova de vinho. E, se lhe apetecer, pode ainda gastar mais 15 euros e rematar com um "romântico e palaciano" passeio de charrete. O casamento poderá, depois, ser o próximo passo. v
"60 mil visitas é bom. Estamos a 150 quilómetros do Porto, e não é fácil as pessoas virem, a pagar portagens, combustível e refeições".