Câmara da Feira criou grupo de trabalho que deteta e soluciona todas as pequenas obras necessárias.
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A Câmara da Feira começou a promover campanhas de intervenção urbana de proximidade, deslocando funcionários e meios para as juntas de freguesia do concelho. Essas brigadas só deixam as localidades depois de resolvidas, numa só jornada, as dezenas de intervenções programadas.
As solicitações para pequenas intervenções urbanas são, para as autarquias, um autêntico novelo de fio com muitas pontas soltas. A Câmara da Feira quer alterar o cenário comum das intervenções pontuais, como colocar um sinal e voltar, meses depois, ao mesmo local para pintar uma passadeira.
A ideia é substituir essas intervenções esporádicas por trabalhos programados, aumentando a celeridade na resposta e maximizando os meios humanos e técnicos da autarquia.
Pintura de passadeiras, sinalização de trânsito, reparação de passeios e asfaltamento de pequenos arruamentos são alguns dos exemplos com os quais as juntas se debatem e que, não raras vezes, não têm resposta pronta.
Pedidos e mais pedidos
"Antigamente, pediam-nos a pintura de uma ou duas passadeiras e passados dois meses voltávamos a ser confrontados com outra necessidade idêntica. Agora, pedimos um levantamento de todos os problemas para programarmos com os serviços as intervenções necessárias", explicou, ao JN, Amadeu Albergaria, vereador das Obras e vice-presidente da Câmara.
Dando como exemplo a freguesia de Fornos, onde começou a primeira intervenção, "ficamos a saber das necessidades globais. Vamos colocar 20 espelhos [de trânsito] pintar 24 passadeiras, fazer cinco intervenções em passeios e nove pequenas redes pluviais e 11 pavimentações, entre outras iniciativas", exemplificou.
"Nos próximos dias, as brigadas da Câmara vão estar centradas, maioritariamente, em Fornos, entre 10 a 12 dias, num investimento de 60 mil euros e onde estão alocados cerca de 20 funcionários", referiu. Diz que, desta forma, "aumenta a produtividade e é dada uma resposta mais eficaz a este tipo de necessidades".
Para o presidente de Fornos, César Resende, este modelo "vai ser fantástico para as juntas de freguesia. É o tipo de intervenção e obras que as pessoas vão valorizar e ficam todos a ganhar", garante.
Diz que esta será também uma boa resposta aos munícipes. "Alguns habitantes queixam-se que a Câmara não olha para nós. Alguns pedidos, como a colocação de espelhos, têm 12 anos e agora vão ser mesmo colocados", exemplificou.
Também os munícipes se mostram agradados. "As freguesias estão a precisar deste tipo de intervenções. A Câmara está a funcionar bem com esta atitude", afirma Anacleto Oliveira, morador em Fornos.
Balanço
100 obras em Fornos
Fornos tem 94 arruamentos. A Câmara vai atuar em 45, num total de 100 intervenções. Colocação de sinalética e intervenção na rede de águas pluviais são alguns dos trabalhos programados. Intervenções feitas por administração direta da Câmara com as brigadas do município.
Avaliação
Nogueira da Regedoura será a próxima freguesia a receber as brigadas, uma das maiores a nível de dimensão territorial e de número de habitantes. Com as intervenções completas em Fornos e Nogueira da Regedoura, a Câmara vai fazer um balanço e, se necessário, ajustar procedimentos.