Bruna vai cumprir o sonho de “descer a avenida” como Mordoma da Senhora d’Agonia

Para a jovem, escolhida entre 18 candidatas e que se desmanchou em lágrimas quando ouviu o seu nome, foi o início do sonho de “descer a avenida [dos Combatentes da Grande Guerra]”, que atravessa a cidade de Viana do Castelo e que é a principal artéria por onde passam os desfiles emblemáticos das festas.

O próximo sonho a concretizar será estudar Medicina, mas até lá Bruna tem ainda de se focar em terminar o secundário e em agosto já depois de cumprir 18 anos, em 22 de junho, desempenhar o sonhado papel de “embaixatriz” da romarias das romarias. Além de ser rosto da edição 2025, participará na festa da Senhora d’Agonia, representando “todas as mulheres vianenses”. Foi a primeira vez que concorreu ao concurso de Mordoma, promovida pela VianaFestas, associação promotora das festas de Viana do Castelo.

“Nunca pensei que fosse assim já desta vez. Quando disseram o meu nome foi aquela emoção. Não deu para conter as lágrimas, não deu para conter a alegria. A felicidade saiu toda cá para fora”, descreveu, após ter recebido um longo aplauso ao som da canção “Havemos de ir a Viana” no Teatro Municipal Sá de Miranda. 

“Desde pequenina que trajo e desfilo, e este era o sonho. Tenho mesmo muito orgulho em mim, por estar a conseguir cumpri-lo e espero conseguir representar Viana, os vianenses, como quero e como acho que eles merecem”, disse a estudante, que se apresentou a concurso com um traje tradicional de domingar e com peças de ouro ao peito que “têm atravessado gerações”. 

Bruna Torre, natural de Viana do Castelo e que tem raízes na freguesia de Serreleis, naquele concelho, contou que é presença assídua na romaria e que o seu momento favorito é, quando participa em desfiles, “o topo da avenida, olhar para baixo e ver toda a aquela cor. A euforia das pessoas que estão a ver e o orgulho das pessoas que estão a desfilar”. Fazê-lo agora, na próxima romaria, que se realizará de 12 a 20 de agosto, como Mordoma, terá outro sabor.  Confessou: “Isto sempre esteve nos meus sonhos e agora vou torná-lo realidade”. 

O júri do concurso valorizou cinco critérios: o trajar, a postura e presença, a oralidade, a assertividade no discurso e a fotogenia. Entre as candidatas deste ano havia duas lusodescendentes, que vivem em Luanda e nos EUA.