As buscas pelos restos mortais das vítimas das explosões numa fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego, foram esta quinta-feira encerradas.
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O Comandante Operacional Distrital de Viseu, Miguel David, explicou aos jornalistas que foram encontrados mais vestígios biológicos, mas que apenas a perícia legal confirmará se pertencem aos dois desaparecidos na explosão de terça-feira, elevando o número de vítimas mortais para oito, uma vez que já estavam confirmados seis mortos.
A mesma fonte adiantou que os meios da Proteção Civil vão deixar o local esta quinta-feira, finalizando-se assim o período de buscas, ficando a zona a ser guardada pela GNR, para evitar a destruição de alguns vestígios que ainda restem.
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No ponto de situação feito aos jornalistas cerca das 20 horas, Miguel David confirmou que a ambulância que tinha abandonado o local uma hora antes transportava restos mortais das vítimas. "Neste momento estão em trânsito para o Instituto de Medicina Legal no Porto. A área foi validada e vamos começar progressivamente a efetuar a redução e a retirada total do nosso dispositivo", afirmou.
O comandante distrital da GNR, Vitor Rodrigues, explicou que a GNR vai permanecer no terreno "até que o trabalho forense seja feito e validado", para "preservar a área".
"Tem de ser feito um trabalho de análise dos vestígios biológicos e, se se chegar à conclusão de que são dos dois desaparecidos, então sim está concluído. Senão teremos de continuar os trabalhos", acrescentou.
Segundo Vítor Rodrigues, a estrada que liga Lamego a Resende, que está cortada desde o final da tarde de terça-feira, será reaberta e "só ficará mesmo preservado o local".
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"Através de meios disponibilizados pela Câmara Municipal de Lamego, foi feito, com uma retroescavadora, também o levantamento de alguns destroços e questões resultantes das explosões, os cães trabalharam complementarmente e chegámos à conclusão de que, à partida, não há mais vestígios no local. No entanto vamos aguardar", afirmou.
As autoridades suspeitam que oito pessoas tenham morrido na sequência destas explosões, no maior incidente registado em fábricas de pirotecnia em Portugal.
Vinte e três pessoas morreram nos últimos 12 anos no país em acidentes neste tipo de indústria.