Arroios recebeu quatro vezes mais pessoas nestes equipamentos. Utilizadores vivem na rua, não têm esquentador ou querem poupar no gás.
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Há cada vez mais pessoas a recorrer a balneários públicos, em Lisboa, registando-se um aumento significativo sobretudo em Alcântara, com 900 utilizadores mensais, e Arroios, com 2000, o quádruplo do ano passado. Além dos sem-abrigo, também frequentam estes espaços moradores com dificuldades financeiras, que não têm esquentador ou querem poupar no consumo de água e eletricidade. Algumas freguesias também já têm lavandarias e o Beato tem ainda um cabeleireiro grátis.
Há quatro anos que Rosa Teixeira, 66 anos, moradora no bairro municipal Carlos Botelho, nas Olaias, toma banho, lava a roupa e arranja o cabelo na sede da Associação de Moradores Viver Melhor no Beato. "Tenho uma embolia pulmonar. A minha casa de banho não tem janela e sinto falta de ar quando tomo lá banho. Também já tenho dificuldade em subir para a banheira e aqui tomo duche num polibã, é mais fácil", diz, admitindo que também recorre a este equipamento social para poupar água e eletricidade.