Cadeia de Bragança desafia reclusos a construir instrumentos como janela para a liberdade
Estabelecimento prisional de Bragança aposta na reintegração dos reclusos após cumprimento das penas, dando-lhes oportunidades de formação em aulas e oficinas.
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Castanholas, “cajóns” para o flamengo, ou bombos são alguns dos instrumentos que começaram este ano a ser construídos no estabelecimento prisional de Bragança (EPB). Trata-se de uma experiência que abre uma janela de esperança para o futuro dos reclusos, quando estes se reencontrarem com a liberdade após passarem para o outro lado dos muros da cadeia e que serve primeiro para ocupar o tempo atrás das grades.
“Isto é muito fixe”, confessou Abílio Carvalho, 24 anos, um preso que não conhecia as castanholas de Contins, originária da aldeia com o mesmo nome, no concelho de Mirandela, mas que por estes dias anda muito entusiasmado a construí-las. “Isto ajuda-nos a passar o tempo e a aliviar a mente”, confessou o jovem ao JN que ficou muito surpreendido porque o professor é músico dos Galandum Galundaina, o grupo de música tradicional mais famoso de Trás-os-Montes.