Os cafés e restaurantes da Ribeira do Porto dizem que, mesmo com a enchente, vão manter os preços. Nem todos aceitam reservas e não há consumos mínimos, mas há quem vá cobrar pela ocupação de um lugar. Ou seja, por uma cadeira.
Corpo do artigo
Bem em cima das margens do Douro e com vista privilegiada para toda a acção da Air Race, os vários estabelecimentos de restauração estão preparados para acolher a multidão que se espera no fim-de-semana.
Logo na primeira fila, no Café do Cais, ainda há poucas mesas reservadas, mas Jaime Castro alerta que só hoje é que aumenta a procura. Aqui, por causa da excelente localização, o responsável revela que vai cobrar 10 euros por cada cadeira ocupada. "As pessoas sentam-se e depois não se levantam mais, por isso tenho de cobrar pela permanência", justifica.
No Chez Lapin, tudo se mantém como se fosse um dia normal, a ementa e os preços. A única excepção é que não fazem reservas. "Temos muita qualidade e as pessoas que nos procuram querem boa comida, por isso não apostamos nas sandes mas sim na comida tradicional. Não fazemos reservas porque num dia desses dá muito prejuízo", declara Elizabete Loureiro.
Os excessos de preços cometidos na primeira edição da Air Race causaram mossa na edição do ano passado, segundo Ivone Fernandes no Grupo Desportivo Infante D. Henrique. "Foram aldrabadas e depois passaram a trazer farnéis, por isso vendemos muito mal", recorda.
Rui Meireles, do Farol da Boa Nova, diz que "só dá prejuízo". "Temos de retirar a esplanada, só podemos vender sandes pela janela e, ao fim do dia, ainda temos de ser nós a limpar a sujeira para poder abrir à hora de jantar", reclama, com indignação.