O hotel Crowne Plaza de Vilamoura, cuja entrada esteve bloqueada por camiões, tem condições para funcionar, assegurou ontem, quinta-feira, o presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio. Cabia à autarquia ter a última palavra sobre o fecho ou não da unidade de luxo.
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Está, ao que tudo indica, encerrada uma “novela” que durou vários dias e que tinha um hotel de cinco estrelas como protagonista principal e um empreiteiro, que se recusava a sair do local até dar por terminadas obras de remodelação, denunciando ainda não estarem reunidas condições de segurança para os hóspedes.
Devido ao diferendo, a legalidade do funcionamento do hotel foi questionada. Na última terça-feira passada, a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fiscalizou o hotel e considerou que este tinha condições de segurança.
O Ministério da Economia, que tutela a ASAE, sustentou, por seu turno, que o Turismo de Portugal também se pronunciou sobre a licença de funcionamento do hotel, considerando-a válida.
O presidente da autarquia de Loulé avançou ontem à agência Lusa que, após estas duas entidades se terem pronunciado sobre o caso e considerado que a unidade oferecia segurança e tinha as licenças em dia, “para a Câmara está clarificado que o hotel tem condições de funcionamento”.
Seruca Emídio explicou que “o Turismo de Portugal já comunicou que o antigo alvará do Hotel Atlantis (actualmente o Crowne Plaza) é válido e a ASAE também disse que não havia riscos”.
No entanto, revelou que apenas recebeu, até ao momento, o parecer do Turismo de Portugal. O autarca frisou que ainda não recebeu a informação relativa à fiscalização realizada pela ASAE e apenas tem “informação verbal” sobre o parecer dado. A entrada do hotel já se encontra sem camiões.
Entretanto, o Intercontinental Hotels Group (IHG), que detém a marca Crowne Plaza, informou que a unidade de Vilamoura ainda não passou nos padrões de qualidade do IHG, destinados a proteger a segurança dos hóspedes, pelo que, até lá, “é considerado um hotel independente”.
O IHG está, aliás, a informar os clientes que se encontram no hotel, que o mesmo ainda não é Crowne Plaza. Pediu ainda à unidade que removesse todas as assinaturas da marca, “que foram colocadas prematuramente”, disse Robert Shepherd, vice-presidente do IHG na Europa, Médio Oriente e África.