Os Serviços Municipalizados da Maia asseguram que a rede de abastecimento de água está estabilizada e em fornecimento contínuo, depois de vários dias com cortes de serviço, sobretudo nas freguesias de Águas Santas e Pedrouços, devido a uma intervenção numa conduta e ao apagão de 28 de abril.
Corpo do artigo
Ao JN chegaram relatos de que ainda há alguns problemas na zona dos Moutidos.“Continuamos a trabalhar afincadamente para reforçar a resiliência do sistema e evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer”, sublinham os serviços municipais.
Em comunicado, explicam que a situação que afetou sobretudo Águas Santas, e em particular a zona do Corim, resultou de "uma intervenção complexa e urgente numa conduta com décadas de serviço e elevado grau de degradação" e do "impacto inesperado do chamado 'apagão ibérico', registado no dia 28 de abril, que comprometeu temporariamente o sistema de abastecimento em alta, da responsabilidade do fornecedor dos Serviços Municipalizados de Eletricidade, Água e Saneamento da Maia".
"Devido à crise energética – vulgo 'apagão', o funcionamento da rede de distribuição de água foi afetado, verificando-se a interrupção ou perturbação no respetivo fornecimento em diversas áreas. Efetivamente, em todo o território municipal, sentiram-se grandes dificuldades na regularização do normal abastecimento contínuo de água. Estas duas ocorrências, de natureza excecional e coincidente no tempo, resultaram numa instabilidade que afetou diretamente a freguesia de Águas Santas, apesar dos esforços contínuos da nossa equipa técnica para mitigar os efeitos e restabelecer o serviço com a maior celeridade possível", acrescenta o município, questionado pelo JN.
Nos dias que se seguiram ao apagão multiplicaram-se as queixas de moradores de Pedrouços e de Águas Santas, devido aos sucessivos cortes de abastecimento de água. A indignação visava, ainda, o que os residentes consideravam ser a falta de informação por parte dos serviços.
No final da semana passada, os SMAS emitiram um comunicado a explicar que a rede de distribuição de água nas zonas de Pedrouços e de Águas Santas foram as mais afetadas pelos problemas no reservatório de Pedrouços, propriedade da Águas do Norte, que abastece mais de 70 % do concelho.
“Quando o fornecimento de água foi restabelecido, deu-se um choque hidráulico nas redes de distribuição de água em alta e em baixa, o que afetou vários equipamentos eletromecânicos responsáveis pela respetiva distribuição, cujo funcionamento tem estado instável”, foi referido.Na altura, os SMAS admitiram perturbações ao serviço, que estavam a ser resolvidas, de forma mais demorada em Águas Santas.