Confraria ficou desiludida por não poder cumprir a tradição. Autarquia justifica-se com a proximidade ao hospital e ao lar da Santa Casa.
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A Câmara da Póvoa de Varzim recusou passar a licença especial de ruído para o lançamento de fogo-de-artifício na festa da Senhora das Dores. A confraria, que já tinha tudo pronto, ficou desiludida por não poder cumprir a tradição. A autarquia, por seu lado, justifica-se com a proximidade ao hospital e ao lar da Santa Casa da Misericórdia e diz que “a festa tem que se adaptar” ao crescimento da cidade. A Senhora das Dores é uma das maiores festas religiosas da cidade. A procissão é no dia 17.
“Estamos numa zona onde temos o hospital, temos um lar, ou seja, temos um conjunto de equipamentos que não é minimamente aceitável que continuemos a fazer de conta que eles não existem. A Póvoa não é mais uma aldeia”, afirmou, ao JN, o presidente da Câmara da Póvoa. Aires Pereira lembra que o palco da festa é junto à Escola Secundária Eça de Queirós, mesmo em frente ao lar da Santa Casa, e o fogo-de-artifício lançado do recinto da feira semanal, ali a escassos metros do lar e do hospital. Todos os anos, frisa, a Câmara é “bombardeada com reclamações”.