O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio garantiu, esta segunda-feira, na reunião do Executivo, que a obra de construção de um complexo desportivo na freguesia de S. Vítor, em Braga, lançada pela empresa Supera Braga, Lda, está parada há apenas três dias e não há mês e meio como dizem os moradores.
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A assunto foi levantado pela oposição através dos vereadores Ricardo Sousa, do PS, e Vítor Rodrigues, da CDU, que reproduziram as críticas de alguns dos moradores da Rua Luís Soares Barbosa, segundo as quais "as máquinas foram retiradas, os contentores esvaziados e ficou um rasto de destruição”.
“Há sempre água, como sempre dissemos, não 'são só águas pluviais', basta olhar e analisar, ser-se sério e honesto. Olhar para os dados, conhecer o terreno, analisar mapas, aprender e não ceder a 'pressões'. Até ao final do verão, o buraco estará cheio de água, assim terão a piscina que o Executivo e Assembleia Municipal quiseram”, dizem os residentes.
Em resposta, quer Ricardo Rio, quer o vereador do Urbanismo, reafirmaram a legalidade do processo de licenciamento e realçaram que a empreitada apenas fez uma pausa porque é necessário “meter a estacaria” para a prosseguir, o que fica a cargo de um subempreiteiro.
Sublinharam, ainda, que o IMAGAOT (Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território) deu razão ao Município num relatório onde analisa uma denúncia envolvendo a construção de complexo desportivo na ribeira de São Vítor. E arquivou a denúncia “pelo facto de a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) ter imposto o afastamento do edifício alvo de denúncia, numa distância de cinco metros, ao curso de águas públicas" – a ribeira de São Vítor –, entubado no subsolo do terreno.
Na reunião, o PS acusou o Executivo PSD/CDS de eleitoralismo por lançar a obra de requalificação da sede da junta de freguesia de Merelim S. Pedro, por 1,2 milhões de euros, tendo Ricardo Rio respondido que, até ao final do mandato, vai lançar obras de 40 milhões, as da requalificação do antigo cinema S. Geraldo e do pavilhão do ABC, bem como de construção de centros de saúde e vias rodoviárias.
O vereador Artur Feio fez-se, ainda, eco das queixas de alguns moradores da zona do Parque da Ponte, que lamentam que as festas de S. João tenham, maioritariamente, deixado de se realizar na zona, passando para o centro da cidade. Críticas que Rio classificou com “falsas” já que a zona continua a ser o centro do São João: “melhoramos o saneamento e o fornecimento de eletricidade na Ponte e a maioria dos eventos e da romaria decorre lá”, afirmou, salientando que, “a Comissão de Festas apenas acabou com as barracas na Avenida da Liberdade, as quais, além de inestéticas eram repudiadas pelos comerciantes e pelos moradores”.