Moradores do centro histórico exigem fiscalização mais apertada e fecho até às 24 horas.
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A Associação de Moradores da Sé, em Braga, exigiu, em reunião da Câmara, decorrida esta sexta-feira, que os bares da zona respeitem a lei do ruído. O Executivo promete manter e reforçar a fiscalização e rever o regulamento sobre a atividade.
Em resposta ao munícipe Joaquim Vieira, que foi o porta-voz dos residentes, a vereadora Olga Pereira disse que a Câmara está atenta à situação e que vem fiscalizando os horários e o cumprimento de normas, estando a fazer uma revisão do regulamento em vigor, com o intuito de o melhorar e atender aos direitos dos moradores.
A vereadora responsável pela Gestão e Conservação de Espaço Público disse ao JN que foram já "passadas várias contraordenações pela Polícia Municipal", aplicadas precisamente aos bares que prevaricam, nomeadamente em termos de horários. "Estamos a mudar as regras do regulamento, mas isso não é imediato, já que, além de bares e esplanadas, regula vários outros aspetos concernentes à ocupação do espaço público", acrescentou Olga Pereira.
"Efeito botelhão"
Os moradores da Sé queixaram-se ao JN de que os bares fecham a porta aquela hora, mas que continuam a servir os clientes, maioritariamente jovens, de modo a que estes "permaneçam nas esplanadas até às duas ou às três horas da madrugada".
"É o efeito botelhão! Se a polícia não os dispersar ficam ali horas seguidas a fazer barulho, esquecendo-se de que há quem precise de dormir porque vai trabalhar de manhã", afirma um morador, "indignado com uma situação que se prolonga há vários anos".
Além do ruído, a Associação de Moradores quer que a Câmara termine com a indisciplina, nomeadamente com a "ocupação indevida do espaço público", que dificulta o acesso às garagens dos prédios".
No anterior mandato, o Executivo de Ricardo Rio obrigou os bares a fechar à meia-noite aos dias de semana, mas permitindo mais duas horas à sexta e ao sábado.