Munícipe ameaça queixar-se ao Ministério Público. Câmara diz que terreno na Rua da Escola de Enfermagem é da Santa Casa.
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A Rua da Escola de Enfermagem, na Cividade, em Braga, era pública desde 1961 mas foi cortada há dois anos, passando a ser de uso exclusivo da unidade de saúde do grupo Lusíadas. A denúncia foi feita, ontem, em reunião de Câmara pelo cidadão Daniel Carvalho Braga, que lamenta esta "perda do património municipal".
Em resposta, o vereador João Rodrigues, que tutela o espaço público, disse que a via está em terreno da Santa Casa da Misericórdia e que a sua classificação toponímica decidida em 1989, numa reunião da Câmara, então presidida por Mesquita Machado, "foi um erro!". Ou seja, na verdade, a parte pública do arruamento começa na Rua Marcelino Sá Pires e termina no portão de acesso aquele estabelecimento hospitalar, tendo pouco mais de 30 metros, quando anteriormente tinha mais de 100.
Já o munícipe lembrou que a via sempre teve iluminação pública e recolha de lixo da AGERE, situação que só terminou há dois anos, com o arrendamento àquela empresa do edifício da antiga Urgência do Hospital de São Marcos. Pediu, por isso, aos partidos da oposição que defendam o património municipal e disse que, "se nada for feito", recorrerá ao Ministério Público.
Já o vereador do PS, Adolfo Macedo, classificou a ação da Câmara como leviana e disse que, com uma ação judicial por usucapião, a rua seria camarária. Mas o presidente da Câmara, Ricardo Rio, comentou que não faz sentido o Município reivindicar algo que lhe não pertence.