A Câmara do Crato alertou, esta sexta-feira, que a Linha ferroviária do Leste está "mais vulnerável" a acidentes, na sequência de um incêndio que deflagrou na quinta-feira junto ao traçado, mas a REFER refuta as críticas.
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O fogo, que deflagrou junto à linha, perto da estação de Crato, e que deverá ter tido origem num comboio, levou o município a criticar o Governo e a REFER por terem "desinvestido" na manutenção da ferrovia com a desativação de comboios de passageiros.
"Não podemos deixar de constatar que há, obviamente, um desinvestimento na estrutura ferroviária do norte alentejano por parte do Governo e da REFER, que a torna mais vulnerável a acidentes", disse o chefe de gabinete do presidente da Câmara do Crato, Luís Pargana, em declarações à agência Lusa.
No entanto, reconheceu que "os acidentes podem acontecer em qualquer altura ou em qualquer circunstância".
Contactada pela Lusa, a REFER (Rede Ferroviária Nacional) explicou que, do ponto de vista das condições da infraestrutura ferroviária e independentemente do tipo de comboio que nele circula, os "padrões de segurança são idênticos e inalienáveis, aplicando-se este principio também à Linha do Leste".
Sobre o incêndio em particular, a REFER sublinhou que "prestou todo o apoio ao seu combate, nomeadamente com um vagão cisterna ferroviário".
De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Portalegre, o alerta para este incêndio foi dado às 13,11 horas de quinta-feira, tendo sido completamente extinto pelas 2,54 horas desta sexta-feira.
No combate às chamas, estiveram envolvidos 252 operacionais de todas as corporações de bombeiros do distrito de Portalegre, apoiados por 75 viaturas e cinco meios aéreos.
Para o local foi também acionado o Grupo de Reforço para Combate a Incêndios Florestais de Santarém e um Grupo de Reforço para Ataque Ampliado, da Força Especial de Bombeiros.