A Câmara de Famalicão quer acabar com a "separação clássica entre governantes e governados" envolvendo a comunidade na implementação de medidas em várias áreas onde se incluem a economia, o emprego, o envelhecimento e o insucesso escolar.
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As medidas fazem parte do Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado que a autarquia desenvolveu.
A criação de uma Comissão de Proteção do Idoso, a criação de projetos para a ocupação dos tempos livres dos mais velhos e projetos intergeracionais são algumas ações previstas no documento.
A promoção de atividades para fomentar o emprego é outro objetivo, assim como, apostar nos mercados de produtos locais, fazer um levantamento dos terrenos disponíveis para integrar a bolsa de terras nacional e realizar as jornadas da cidadania.
Cada uma das Comissões Inter-Freguesias do Concelho (CSIF) vai selecionar e concretizar as medidas a aplicar ao território que abrange, contando com o envolvimento dos cidadãos, associações e empresas. As ações serão escolhidas conforme as prioridades de cada área.
"Queremos aproveitar as dez comissões inter-freguesias para levar a cabo um plano ambicioso. Queremos que o território lute por si e aproveite o que são as suas competências e consiga vencer as suas fragilidades", afirmou Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão na apresentação do documento.
O autarca explicou que o processo de abertura das CSIF à comunidade começou há quatro anos e qualquer instituição, seja associação ou empresa, ou mesmo um cidadão pode fazer parte de uma comissão. Por isso, trata-se de aproveitar as sinergias para a gestão do território. "Queremos um modelo de governança, simples, eficaz e informal", explicou o autarca.
"Não quero que uma pessoa consuma a sua energia a tratar de processos, redigir atas, tratar estatutos. Quero que o cidadão que tem uma hora por semana para a comunidade, a consuma naquilo que é útil, a ajudar uma pessoa a arranjar um emprego ou a ajudar a criar um mercado local dispensando os formalismos clássicos das estruturas conservadoras que todos nós conhecemos, que trazem com elas processos de disputas, conflitos, litígios", avançou Paulo Cunha.