
"Estamos perante uma medida que atinge e diminui o prestígio e o bom nome dos profissionais da saúde da ULS Gaia/Espinho", alerta o socialista João Paulo Correia
Foto: Artur Machado
O Executivo municipal de Gaia aprovou por unanimidade, em reunião de Câmara realizada nesta terça-feira, uma moção "contra a desclassificação do serviço de pediatria do Hospital Gaia/Espinho", apresentada pelos vereadores do PS.
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"A concretizar-se a intenção do Ministério da Saúde, Vila Nova de Gaia perderá valências diferenciadas, o que causará um impacto negativo a milhares de utentes e famílias, que serão forçadas a deslocar-se ao Porto para consultas e tratamentos que atualmente são feitos no Hospital Gaia/Espinho", realçou o vereador socialista João Paulo Correia, que se opõe à desclassificação do serviço "a favor dos hospitais de S. João e Santo António", no Porto.
O autarca vincou que, "além de mais custos diretos e mais tempo de viagem, utentes e famílias perderão qualidade na prestação do serviço", vincou o autarca, lembrando que aquelas duas unidades da Invicta têm os "serviços saturados", o que "significa que utentes e famílias gaienses serão ainda mais prejudicados por tempos de espera superiores e insuportáveis".
"Por outro lado, a concentração de recursos neste caso concreto agrava a prestação atempada de serviços de diagnóstico e terapêutica, fundamentais para a intervenção com sucesso, e quebra o comprometimento com o bem-estar e saúde destas crianças e adolescentes", sublinhou João Paulo Correia.
"Estamos perante uma medida que atinge e diminui o prestígio e o bom nome dos profissionais da saúde da ULS Gaia/Espinho e, ao mesmo tempo, faz desacreditar no avanço da tão necessária segunda fase de requalificação do nosso hospital", afirmou o vereador, lembrando que essa reabilitação "custa cerca de 200 milhões de euros" e que "no Orçamento de Estado para 2025 o Governo colocou zero de investimento no hospital, e para 2026 colocou quase zero".
