A Câmara de Gaia aprovou, esta segunda-feira, por unanimidade, com os votos do PS e do PSD, a reabertura ao trânsito no tabuleiro inferior da Ponte de Luís I, entre as 20 horas e as 6 da manhã.
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Mas esta decisão ainda terá de ser validada pela Assembleia Municipal, que só reunirá em setembro, e depende também da deliberação da Câmara do Porto.
Pois, como assinalou Eduardo Vítor Rodrigues, a proposta será das “duas câmaras”. Para o autarca gaiense é impensável voltar a ter o acesso à ponte, na Rua de General Torres, “entupida” de carros e, por outro lado, é preciso privilegiar a mobilidade do “transporte público”. Por isso, foi dado este sinal de flexibilidade, não para a totalidade do dia, mas unicamente em relação ao período das 20 até às 6 horas.
“Não é viável voltar a ter a Rua de General Torres com fila até à Avenida da República e o transporte público a andar a passo de caracol”, insistiu o presidente da Câmara, acrescentando tratar-se de uma via com dois sentidos em que não é possível criar uma faixa BUS.
Comentou, ainda, que reabrir o tabuleiro inferior para o tráfego à noite, fora das horas de ponta, favorecerá os turistas que estão instalados ou visitam as zonas ribeirinhas.
Mais fiscalização
Eduardo Vítor Rodrigues tem noção de que, nesta altura, em que o trânsito está restrito ao transporte público, a táxis e a velocípedes, há quem infrinja as regras. Mas deu conta que os municípios “não andam à procura da multa”, embora tenha ressalvado que Gaia e Porto irão “acordar um sistema de fiscalização”.
O autarca adiantou que o horário das 20 às 6 da manhã também poderá ser aproveitado para “cargas e descargas, como acontece noutras cidades europeias”, alargando o desejo de implementar esta prática aos estabelecimentos na “Avenida da República”.
Cancela Moura, do PSD, aludiu, precisamente, à “situação caótica” relacionada com “cargas e descargas”, que disse já “ter presenciado na marginal, na Avenida de Diogo Leite”, uma via pedonal. Pediu ao executivo camarário para “regulamentar” estes casos.