No final da reunião do executivo desta segunda-feira, o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, declarou que o Município já concluiu o levantamento dos prejuízos causados pela intempérie do dia 7 de janeiro e enviou o relatório para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), "num valor superior a cinco milhões de euros".
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Neste momento, a Autarquia "aguarda que a CCDR-N tenha luz verde para criar o aviso de apoio financeiro, e só nessa altura é que o trabalho estará pronto e se verá onde o valor é enquadrado, com a atribuição dos cheques", referiu Eduardo Vítor Rodrigues.
Segundo o autarca, "a CCDR-N está a negociar os valores com o Estado para depois ser feita uma repartição".
No relatório enviado à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que fica "um pouco acima dos cinco milhões de euros", o Município "não imputou um euro que fosse à CCDR-N face aos danos no espaço público, para que assim fique mais dinheiro disponível para os privados".
No documento não constam os estragos causados em espaços públicos, como ruas, praças, taludes, passeios, jardins ou tanques, que serão assumidos pelo erário camarário.
"Entendemos que não foi uma catástrofe, e por isso o Município faz parte deste processo e liberta recursos para os privados", explicou.
Futuro Centro Funerário e Crematório em Canelas
Na reunião do executivo foi aprovada por unanimidade a proposta de abertura do concurso público para a conceção, construção e exploração do futuro complexo funerário e crematório de Gaia, junto à igreja matriz de Canelas, na avenida Joaquim Francisco Pinto.
De acordo com o presidente da Câmara de Gaia, a estrutura é destinada a todo o concelho, e não só à freguesia de Canelas [onde se irá localizar o complexo], acrescentando que a obra surge da "necessidade e carência municipal de um centro funerário".
O concurso público tem o valor base de 612 mil euros e o concessionário terá de pagar uma renda mensal de 1.700 euros ao Município. A concessão, por sua vez, mantém-se em vigor pelo prazo de trinta anos, excluindo a fase de investimento, sendo que, no final deste prazo, o equipamento passará a integrar o património municipal.
"Várias pessoas têm de recorrer a situações de cremação fora de Gaia, e por isso o Município olha para este equipamento com a maior importância para o concelho durante os próximos anos, uma vez que cada vez mais pessoas optam pela cremação", acrescentou o autarca.
A proposta prevê a construção de duas capelas, um espaço de celebrações religiosas e um crematório, sendo que este complexo deverá entrar em funcionamento em 2025.
Com a construção desta estrutura, os gaienses vão continuar com a "qualidade do ar garantida", assegurou Eduardo Vítor Rodrigues, acrescentando que também vão haver taxas preferenciais para os residentes: "Cada pessoa que residir aqui vai pagar 100 euros para reservar e utilizar as capelas, e 250 euros para a cremação. Estes valores são bastante competitivos com os do mercado e os que iriam pagar noutras localidades".