A Câmara de Leiria vai testar à covid-19 os 700 membros das mesas de voto nas eleições legislativas de dia 30.
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"No dia das eleições, em cerca de 140 mesas distribuídas pelas várias freguesias, envolvendo mais de 700 pessoas, todas serão testadas", afirmou Catarina Louro, que tem o pelouro da Modernização Administrativa.
Segundo a autarca, o "principal foco neste processo eleitoral é garantir que decorra com todas as condições de segurança para todas as pessoas envolvidas, desde as equipas aos votantes".
"As pessoas têm de se sentir seguras no processo, de modo a poderem exercer o seu direito com um sentimento de confiança, sem qualquer receio", salientou.
Catarina Louro referiu que, "além de todos os cuidados e procedimentos que já são habituais, como definição de percursos, uso obrigatório de máscara, desinfeção das mãos e de todos os materiais usados, também serão realizados testes aos elementos das diferentes equipas".
No total, o município prevê testar "cerca de 800 pessoas que estarão envolvidas no processo de recolha dos votos das pessoas em isolamento, das pessoas institucionalizadas em estruturas residenciais para pessoas idosas [lares] e dos detidos, no processo do voto antecipado e no próprio dia das eleições".
"A testagem assume uma atitude preventiva que o município quer assumir, garantindo a segurança das pessoas e detetando eventuais positivos, procedendo à sua rápida substituição", adiantou a vereadora, assegurando que todos os espaços, especialmente as escolas, serão desinfetados após a utilização para as eleições.
O Presidente da República convocou eleições legislativas antecipadas para dia 30 na sequência do chumbo do Orçamento do Estado, no parlamento, em 27 de outubro de 2021.
O Orçamento teve apenas o voto favorável do PS e os votos contra das bancadas do PCP, BE e PEV, além dos deputados da direita, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega. O PAN e as duas deputadas não inscritas abstiveram-se.
A perda do apoio parlamentar no Orçamento do Estado de 2022 foi um dos motivos invocados por Marcelo Rebelo de Sousa para justificar a dissolução do parlamento e a antecipação das eleições.