A proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2025 prevê um investimento de 311 milhões de euros na área da mobilidade, um crescimento de 8% face ao ano transato.
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"Estamos a falar de uma percentagem muito grande e reflete a aposta que este executivo tem feito na área da mobilidade", afirmou Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), na apresentação da proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2025, que decorreu nos Paços do Concelho.
Dos 311 milhões de euros previstos para a mobilidade, 188 milhões serão atribuídos à Carris, 80 milhões à EMEL ( Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) e 43 milhões à própria autarquia.
No âmbito da mobilidade, o autarca destacou a implementação dos passes gratuitos e o aumento da compensação do serviço público atribuído à Carris.
Em termos globais, a autarquia de Lisboa investiu 110 milhões durante este mandato (2021-2025), o que representa mais 43 milhões em comparação ao mandato anterior.
A proposta de orçamento da liderança PSD/CDS-PP para a mobilidade prevê ainda a expansão da rede ciclável da cidade, com mais 10 ciclovias construídas e 56 em construção, representando um acrescento de 90 quilómetros.
Prevê-se, igualmente, a expansão da rede Gira, com a implementação em mais 10 juntas de freguesia, a instalação de 91 docas e disponibilização de mais 1200 bicicletas elétricas. "Esperamos que este seja o ano em que todas as juntas de freguesia tenham Gira. Faltam duas", indicou o vice-presidente.
O investimento previsto para a área da mobilidade no orçamento de 2024 foi de 289 milhões de euros.
Orçamento de 1359 milhões de euros
Em representação da liderança PSD/CDS-PP na Câmara de Lisboa, Anacoreta Correia apresentou uma proposta de orçamento municipal de 1359 milhões de euros para 2025, ligeiramente superior aos 1303 milhões previstos para este ano.
Neste âmbito, o responsável pelo pelouro das Finanças destacou os 441 milhões de euros de despesas de capital para investimento no próximo ano, indicando que representa "uma percentagem muito grande [no orçamento], quase 30%".
A proposta prevê 64 milhões de euros para a Cultura, 58 milhões para a Educação, 8 milhões para o Desporto e 22 milhões para a Segurança.
"É o maior orçamento de sempre na área da Cultura", assinalou Filipe Anacoreta Correia. Segundo os dados apresentados, o montante de 64 milhões de euros inclui verbas da empresa municipal EGEAC e da Câmara, inclusive para obras em equipamentos culturais, e representa um aumento de "quase 20%" em comparação ao orçamento estimando para 2024.
Na Educação, a proposta aponta para um investimento de 58 milhões de euros em 2025 (mais 9% do que em 2024), dos quais 25 milhões serão para intervir em escolas.
Quanto ao Desporto, o orçamento previsto para o próximo ano é de 8 milhões de euros, mais 33% do que os 6 milhões estimados em 2024.
Já os 22 milhões de euros propostos para Segurança correspondem a mais 57% comparativamente aos 14 milhões previstos para 2024, informou o vice-presidente, realçando o policiamento comunitário para ter comunidades mais seguras e o policiamento em zonas de diversão noturna.
Este é o último orçamento municipal deste mandato (2021-2025), proposto pela gestão PSD/CDS-PP, sob presidência de Carlos Moedas (PSD), que governa Lisboa sem maioria absoluta. Se for aprovado, será executado em ano de eleições autárquicas.
Os primeiros três orçamentos da liderança PSD/CDS-PP foram aprovados graças à abstenção do PS, tendo a restante oposição - PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) - votado contra.
No orçamento municipal para este ano de 2024, a câmara estimou uma despesa de 1,3 mil milhões de euros, "bastante alinhada" com a de 2023.
Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) - que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta --, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.