A Câmara de Lisboa quer construir uma rede de ciclovias de ligação às escolas através da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL).
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A proposta do PSD/CDS-PP, que governa o Município sem maioria absoluta, foi aprovada na passada sexta-feira com os votos contra do PS e a abstenção da restante oposição, nomeadamente Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PCP, Livre e BE.
Para a concretização desse investimento, será feito um quinto aditamento ao contrato para a execução de ciclovias 2020-2022, celebrado com a EMEL, tendo a sua vigência sido prorrogada até ao próximo ano. Esse contrato "não previa a realização de atividades de manutenção das ciclovias nem a construção de ligações cicláveis a escolas".
As escolas onde se prevê construir ligações cicláveis são a Escola Secundária Padre António Vieira; as escola básicas 2, 3 de Telheiras, Arco Íris, Adriano Correia de Oliveira; o Jardim Escola João de Deus; o Colégio Sagrado Coração de Maria; o Externato Marquês de Pombal; a Escola Básica O Leão de Arroios; o Jardim de Infância do Lumiar; a Escola Secundária Lumiar; e, ainda, as escolas básicas Quinta dos Frades, Santo António e Coruchéus e as EB 2,3 Professor Lindley Cintra, de Marvila e das Piscinas.
Falta de informação
Entre as obras previstas ou já em execução, estão as ciclovias de Descontinuidade Ribeirinha, Parque das Nações/Marvila, Avenida Álvaro Pais, Viaduto Ciclopedonal Gago Coutinho, Descontinuidade Ribeirinha Cais do Sodré, Descontinuidade Ribeirinha Doca de Santo Amaro e Descontinuidade Ribeirinha Terreiro do Paço, segundo o documento.
A vereação do PS pediu o adiamento da votação da proposta, para que fosse facultada informação obrigatória "e que continua em falta", designadamente os relatórios de execução trimestrais do contrato-programa. Como foi negado, os socialista votaram contra. "A Câmara falha sistematicamente na prestação de informação".