Um grupo de nove funcionários da Câmara de Paços de Ferreira está a dar rosto a um projeto lançado pela Autarquia em tempos de pandemia - a Município TV.
Corpo do artigo
Diariamente, às 21 horas, Ana Margarida Brandão ou Márcia Leão levam até à comunidade através do canal do YouTube e do Facebook do município, informações sobre a evolução da pandemia no concelho, conteúdos institucionais ou explicações sobre as medidas adotadas pelo Executivo municipal para minimizar o impacto do novo coronavírus na comunidade e nas empresas.
"Este projeto surge pela necessidade de fazermos chegar a nossa informação junto dos nossos munícipes de uma forma mais ativa, mais dinâmica", explica Humberto Brito, presidente da Câmara.
No exterior, a equipa prepara visitas virtuais aos monumentos e património do concelho, conteúdos dos diversos gabinetes da Autarquia e há ainda espaço para histórias infantis, através da Biblioteca Municipal.
Foi também, considera o autarca, "um desafio para os colaboradores da Câmara", que têm agora a função de promover e divulgar a atividade do município, de dar resposta às solicitações da comunidade, esclarecer dúvidas e dar conselhos em tempos de Covid.
Segundo Humberto Brito, este é um projeto "de momento", pensado para fazer chegar a informação junto dos munícipes, numa altura difícil. "Não queremos substituir os órgãos de comunicação locais. Mas entendemos que nesta fase era importante dar a conhecer todo o trabalho que está a ser feito", explica.
Curva acima da média
A curva de crescimento do número de infetados em Paços de Ferreira está acima da média do país e da Região Norte, onde continua o epicentro da crise. No domingo, o concelho tinha 233 infetados e já registou cinco vítimas mortais - quase metade dos números globais do Vale do Sousa - a primeira das quais no dia 19 de março.
"Os números continuam a aumentar. Continuamos a ser, em termos percentuais, dos concelhos em Portugal que têm mais infetados e isso tende a avolumar-se", refere o autarca, apelando a que logo que seja levantado o estado de emergência, as empresas garantam a proteção e segurança dos trabalhadores e que as pessoas não aligeirem as preocupações face à propagação do vírus. "Caso contrário, vislumbro que a situação se venha a agravar", remata o presidente da edilidade.