A Câmara de Penacova protestou esta terça-feira pela "falta de soluções" da EDP para ultrapassar "em tempo útil e aceitável" a falta de energia elétrica no concelho na sequência do temporal do último fim de semana.
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A falta de luz "está a condicionar de forma muito acentuada a vida das famílias do concelho" no distrito de Coimbra, lê-se numa nota em que a autarquia "diz à EDP que a paciência chegou ao fim e exige soluções para a população".
"O município de Penacova expressa o seu veemente protesto pela falta de soluções demonstrada pela EDP", acrescenta.
Para o presidente da Câmara, Humberto Oliveira, "a economia familiar está em risco, pois os bens alimentares que os cidadãos conservam nos congeladores e frigoríficos estão a degradar-se".
Uma situação que "é tanto mais grave por estar a viver-se em situação de crise profunda e de emergência social", refere, revelando que "tem feito consecutivas diligências junto de responsáveis da EDP para que se resolva a situação" de forma mais célere.
"Há falta de água em muitos locais do concelho, dado que a bombagem é feita através de energia elétrica, o que inviabiliza que chegue às casas e instalações coletivas", havendo "muitos pais a faltar ao emprego por não terem onde deixar os seus filhos", segundo Humberto Oliveira.
Para a escola de Figueira de Lorvão "já foi enviado o gerador do município, para que a escola possa voltar a abrir, uma vez que está encerrada" desde segunda-feira.
"Não daremos descanso à EDP enquanto não resolver o que é da sua competência, pois se todos pagamos, e não é pouco, pela conta da eletricidade, é para sermos bem servidos", sublinha.
Corroborando esta posição, o presidente da Junta de Freguesia de Figueira de Lorvão, Pedro Assunção, e restantes membros do executivo manifestam-se "disponíveis para qualquer forma de luta ou manifestação, para mostrar o desagrado da freguesia" à EDP.
Na Lousã, onde a empresa Águas do Mondego ainda não tinha reposto o fornecimento de água em alta ao concelho, a Câmara Municipal "tem conseguido minorar o impacto das interrupções", segundo um balanço do temporal enviado à Lusa na segunda-feira à noite.
A assessoria da Câmara previa que a Águas do Mondego normalizasse esta terça-feira o fornecimento.