A Câmara de Santo Tirso considerou "desproporcionado e injustificado" o aparato policial da PSP montado no centro da cidade para evitar a concentração de motards nas noites de quinta-feira, defendendo a reavaliação desse dispositivo.
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Em comunicado, emitido esta sexta-feira, a autarquia liderada pelo socialista Joaquim Couto classifica como "desproporcionada e injustificada a dimensão do dispositivo policial montado no centro da cidade", e critica o que considera ser uma ação "iniciada sem qualquer diálogo com a câmara, numa súbita e estranha mudança de relacionamento institucional por parte da PSP".
Para a câmara, "em oposição a uma ação preventiva e pedagógica para o cumprimento da lei, este tipo de ação da PSP é promotora da criação de um ambiente intimidatório, com consequentes efeitos negativos para as atividades económicas do largo Coronel Baptista Coelho".
"Com o exagerado dispositivo policial que tem sido montado, a ação da PSP tem afastado as pessoas do convívio das quintas-feiras à noite em Santo Tirso e contribuído para uma divulgação negativa da imagem do município", acrescenta o município, sublinhando que nos "últimos cinco anos" Santo Tirso tem "vindo a crescer nos mais diversos setores, entre eles na animação noturna, com particular enfoque" naquele largo.
Afirmando ser "a legítima representante da população, a autarquia rejeita que "essa competência e responsabilidade sejam assumidas por outras entidades".
Neste contexto, defenderá, sempre, os interesses da população e dos agentes económicos sediados no concelho, consciente da necessidade de fazer respeitar os regulamentos municipais e leis gerais, nomeadamente em matéria de ruído, regras de trânsito e civismo", garante o município.
A câmara refere ainda ter já endereçado uma "missiva ao Comando Metropolitano da PSP do Porto, bem como à secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, apelando ao bom senso da atuação da PSP e à reavaliação do dispositivo policial que tem sido colocado no terreno".
A Lusa tentou obter uma reação do Comando Metropolitano da PSP do Porto, mas até ao momento não foi possível.