A Câmara de Valongo indeferiu o reconhecimento de interesse público municipal às duas propostas de centrais fotovoltaicas existentes para a união de freguesias de Campo e Sobrado.
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"As justificações apresentadas pelo requerente para defender o "Interesse Municipal" não evidenciam de facto qualquer benefício ou contrapartida efetiva, quantificada e direta para o Município e as suas populações, sobre a produção da energia solar que justifique a declaração solicitada. Pelo contrário, apresenta impactos negativos ambientais, paisagísticos e patrimoniais previsíveis e, eventualmente, irreversíveis", argumentou a Autarquia. O chumbo mereceu votação unânime na reunião de Executivo.
Nem PS nem PSD encontram benefícios nestes dois investimentos, que estiveram em consulta pública e cuja avaliação de impacte ambiental ainda está em análise. Nos argumentos das empresas requerentes para justificar o interesse público municipal nos projetos estavam, entre outros, os impactos na economia local. A Câmara entende que "não se encontra evidenciado qualquer impacto positivo na economia local decorrente da construção" destas centrais.
O vereador Paulo Esteves Ferreira explicou que houve reuniões com a empresa que tentou o licenciamento e sugeriu contrapartidas para o Município, o que foi recusado. "Este investimento não traz vantagens para Valongo. Há um impacto ambiental forte e nas próprias justificações não conseguem comprovar que há ganhos", assinalou.