Câmara de Viana adjudica construção de parque de estacionamento para autocarros elétricos
A Câmara de Viana do Castelo aprovou esta segunda-feira a adjudicação e contrato de construção de um parque de estacionamento com capacidade e infraestruturas de carregamento elétrico para 20 autocarros.
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A obra foi adjudicada à empresa Boaventura & Boaventura, com um custo estimado de cerca de um milhão de euros (mais IVA), e um prazo de execução de cinco meses.
O futuro parque, que será construído na Praia Norte, tem como objetivo criar infraestruturas de apoio aos transportes urbanos, cuja concessão está atualmente nas mãos do grupo AVIC e terminará em setembro, sendo então assumida pelo município. A proposta foi aprovada pela maioria PS e vereadora da CDU, com as abstenções do PSD, CDS e vereadores independentes, em reunião extraordinária do executivo.
Em dezembro passado, a Câmara de Viana do Castelo aprovou também a aquisição de 15 autocarros elétricos, à Mota-Engil Renewing, para assumir o serviço público de transportes coletivos urbanos de passageiros naquele concelho.
O concurso foi lançado no verão de 2024 com preço base de cerca de 7,1 milhões de euros, que previa a compra, em três lotes, de 10 autocarros com dimensão standard, cinco autocarros midi e dois minibus. Mas apenas foram adjudicados dois lotes, referentes a autocarros standard e midi, por, respetivamente, 3,75 milhões de euros e 1,34 milhões. O terceiro lote caiu, segundo justificação apresentada pelo autarca, porque "nenhuma das propostas cumpria a base do concurso e será aberto novo procedimento".
A nova frota 100% elétrica, que conta com apoio financeiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), deverá operar, segundo declarações recentes de Luís Nobre, "nas sete linhas já existentes e em mais duas novas linhas". Uma operação que deverá ser financiada "até cinco milhões de euros", através de uma candidatura apresentada pela autarquia e já aprovada.
De acordo com a proposta de aquisição levada a concurso, os 10 autocarros standard (10-12,5 metros) terão uma lotação de 75 passageiros, e os cinco autocarros midi (7-8,5 metros) de 34 passageiros. Ambos com uma autonomia mínima de 280 quilómetros.
No âmbito do mesmo processo, a autarquia aprovou também alterações ao seu mapa de pessoal para permitir a contratação "de 25 motoristas" para operar o transporte público urbano da cidade.