A ideia é avançar rapidamente com obras que aguardam financiamento comunitário. Parque Lúdico das Caxinas, rede viária e Parque de Jogos estão na lista de prioridades.
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A Câmara de Vila do Conde vai pedir dois empréstimos, num total de 4,5 milhões de euros, para avançar com as obras do Parque Lúdico das Caxinas, a requalificação viária e a reabilitação do Parque de Jogos. O executivo de Vítor Costa justifica-se com os atrasos na abertura dos avisos para a candidatura aos fundos comunitários e diz que só assim será possível “aproveitar ao máximo” o dinheiro de Bruxelas.
“Pela relevância e premência dos projetos, o município precisa de avançar com a sua execução e não pode ficar totalmente dependente dos prazos e atrasos no lançamento de avisos para candidaturas a fundos comunitários, sob o risco de não estar em condições de aproveitar, ao máximo, os referidos fundos”, frisa Vítor Costa, que vai levar a proposta à reunião de amanhã do executivo municipal.
O dinheiro, explica ainda o edil, será destinado a avançar, no imediato, com as obras do Parque Lúdico das Caxinas e Poça da Barca (orçado em 1,9 milhões de euros). O espaço vai surgir na cobertura dos armazéns de pesca, em plena marginal das Caxinas, que há quase três anos está vedada com taipais de obra que impedem a vista para o mar e fazem desesperar os moradores daquela zona. Engloba um parque, uma praça, um pequeno anfiteatro para espetáculos e uma ampla zona desportiva e de lazer, num total de 10 mil m2. A obra tem uma duração prevista de nove meses.
Ao mesmo tempo, a ideia é avançar ainda com a requalificação viária em vários locais do concelho e, no centro da cidade, a reabilitação do Parque de Jogos.
Todas as obras, diz ainda a autarquia, serão candidatas a financiamento comunitário no âmbito do Portugal 2030 (PT 2030), pelo que, com estes empréstimos, a ideia é avançar rápido e ter tudo pronto, a fim de cumprir as metas.
Vítor Costa explica que serão, assim, contraídos dois empréstimos de médio e longo prazo. Logo que as candidaturas ao PT 2030 sejam aprovadas, o valor da comparticipação será amortizado. O autarca diz que este é já um mecanismo que está a ser utilizado por outros municípios, como a vizinha Póvoa de Varzim, Braga ou Gaia “na expetativa de anteciparem o financiamento comunitário”.
“Importa salientar que, mesmo com a contratação deste empréstimo, a Câmara prevê reduzir a dívida financeira a longo prazo em cerca de 5 milhões de euros até ao final do mandato”, remata.