O fogo de artifício da passagem de ano no Porto volta à Avenida dos Aliados, onde é esperada uma enchente para assistir ao espectáculo, que terá uma componente multimédia. Para garantir que tudo correrá bem, Câmara, PSP e Proteção Civil prepararam medidas de segurança e apelam ao uso dos transportes públicos.
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À semelhança de anos anteriores, foi traçado um plano de segurança e mobilidade para a noite da passagem de ano no centro do Porto, cuja programação volta a concentrar-se em dois palcos principais: em frente à Câmara, na Avenida dos Aliados, e nos Jardins do Palácio de Cristal, de forma a repartir a concentração de pessoas.
Neste ano, o fogo de artifício regressa à Avenida dos Aliados, já que as obras do metro desimpediram em boa medida o espaço (no ano passado, o espectáculo decorreu na Praça da República), o que faz antever uma concentração de pessoas nesta zona. Para evitar que haja um bloqueio junto ao palco, montado na Praça General Humberto Delgado, em frente ao edifício dos Paços do Concelho, a circulação pedonal será orientada no sentido ascendente da Avenida dos Aliados.
Apresentado na manhã desta sexta-feira, no Centro de Gestão Integrada (CGI), situado no quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, o plano prevê o corte do acesso rodoviário àquela zona a partir das 20.30 horas, bem como o encerramento da estação de metro dos Aliados. As autoridades apelam às pessoas que acorrerem a este epicentro dos festejos que acedam ao centro da cidade através de transportes públicos, deixando as viaturas particulares em pontos mais distantes.
"Não tragam as viaturas para o centro"
"O policiamento foi montado de forma a garantir a segurança das pessoas no acesso ao local. Para quem vem da zona norte, a intenção é que as pessoas entrem na Avenida dos Aliados pelas ruas do Almada e do Bonjardim, e quem vem da zona sul, pela estação de S. Bento, suba e depois entre pela Praça da Liberdade", especificou o superintendente Victor Rodrigues, que lidera o Comando Metropolitano do Porto da PSP. "Pedimos às pessoas que deixem as viaturas o mais longe possível e que usem os transportes públicos. Não tragam as viaturas para o centro do Porto e obedeçam às instruções dos agentes da autoridade", apelou, ainda, o comandante da PSP, que terá mais de 200 agentes no terreno. A Polícia Municipal terá empenhados 50 elementos.
Trânsito condicionado
Quem chegar aos Aliados pela zona da estação de metro da Trindade, deverá descer as ruas do Almada e do Bonjardim, podendo aceder à avenida, pelo lado oeste, pelas ruas Elísio de Melo, Dr. Artur de Magalhães Basto e Clérigos. A Rua de Ramalho Ortigão estará condicionada às indicações das forças de segurança no local. Pelo lado este, os acessos são pelas ruas do Dr. Magalhães Lemos ou Sampaio Bruno, sendo que a Rua de Rodrigues Sampaio estará condicionado às indicações das autoridades. O trânsito estará condicionado, entre as 20.30 horas do dia 31 e as 7 do dia 1, nas ruas de Gonçalo Cristóvão e do Almada, na zona norte, na Praça de Almeida Garrett, a sul dos Aliados, nas praças da Batalha e dos Poveiros, a nascente, e nas ruas de S. Filipe de Nery e Clérigos, a poente.
Cidade amanhecerá limpa
"É um prazer voltar aos Aliados", congratulou-se o presidente da Câmara, Rui Moreira, destacando que o "dueto" deste ponto de festejos com o Palácio de Cristal "funciona bem" e que "distribuir as pessoas entre dois polos diminui a pressão". "Uma das razões por que mantemos o Palácio de Cristal é para diminuir o número de pessoas, porque os Aliados, apesar de tudo, ainda não estão na sua plenitude", explicou Rui Moreira. "Acreditamos que mais de 100 mil pessoas vão estar presentes na Avenida dos Aliados", estimou o autarca, que, tal como a PSP, também pede para "evitar utilizar o veículo individual". De acordo com o autarca, os festejos da passagem de ano representam um investimento de 450 mil euros, o qual, apesar de estar "dentro dos valores normais", é "um pouco mais do que no ano passado", devido ao espaço dos Aliados.
Sem "check points" ou revistas fixas, as autoridades pedem, contudo, para as pessoas "não irem com garrafas de vidro, dentro das possibilidades". O autarca portuense reconhece, porém, que "as pessoas vão levar a sua garrafa de espumante, porque há 30 ou 40 anos que é assim, e não vai mudar". Rui Moreira assegura, no entanto, que a cidade amanhecerá limpa, sem vestígios de vidros no chão. "Tem sido um ponto de honra da nossa empresa municipal. Quando acordamos temos todo o vidro limpo, e estamos a falar de dezenas de toneladas de vidro que normalmente ficam", aponta.