BE reclama intervenção urgente do município, mas Executivo diz que apenas pode atuar se a idosa de 82 anos apresentar queixa.
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O Bloco de Esquerda (BE) pediu, ontem, uma "firme" e "urgente" atuação da Câmara do Porto no caso da idosa de 82 anos, residente na Boavista, que tem uma casa parcialmente destruída por causa dos negócios de permuta efetuados pela Diocese do Porto. Mas a autarquia diz que só pode atuar se houver denúncia da vítima.
"A notícia sobre a situação desumana que está a viver uma inquilina de 82 anos de um prédio na Rua da Boavista, que está a ser demolido pela empresa que o adquiriu através duma estranhíssima permuta com a Diocese do Porto, tem que merecer uma firme atuação do município", defendeu o vereador bloquista Sérgio Aires, em reunião pública do Executivo, a propósito de uma situação denunciada pelo JN.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, alega, porém, que o município está "de mãos atadas". "Só podemos atuar perante uma denúncia e essa denúncia não existe", apontou, considerando "ilegal" o pedido para "a urgente intervenção dos serviços municipais".