Câmara do Porto recupera bairro nas Fontainhas que resgatou ao alojamento local

A empreitada deverá arrancar no segundo semestre deste ano, estima o Município, que determinou um preço base de aproximadamente três milhões de euros (mais IVA). O prazo de execução das obras é de 540 dias, cerca de um ano e meio.
Os moradores serão temporariamente realojados em habitação social, voltando depois para o Bairro da Tapada já requalificado.

O concurso foi lançado ontem, através da empresa municipal Domus Social e prevê que as atuais 38 casas daquele bairro na encosta das Fontainhas renasça com apenas 25, com todas as "condições de habitabilidade, de segurança e de salubridade". O novo empreendimento vai desenvolver-se em dois volumes, especifica a Câmara. A sul, vão ser construídas habitações com um piso: nove de tipologia T1 e um T2. A norte, serão erguidas casas com dois pisos: (cinco T1, um T2 triplex, cinco T2 duplex, um T1 duplex e três T1+1 duplex).

"No que diz respeito à acessibilidade, o projeto, da autoria do arquiteto André Tavares, prevê a instalação de um elevador, a criação de uma saída de emergência e a estabilização dos percursos exteriores. Neste momento, o acesso ao Bairro da Tapada é apenas possível através de uma única escadaria, não existindo uma ligação vertical à cota superior", sublinha a Autarquia.

Situado na Rua da Corticeira, na União de Freguesias do Centro Histórico, o bairro chegou a ter como destino o alojamento local. Em novembro de 2017, o JN revelou o sobressalto que dos moradores, confrontados com a compra do bairro por uma empresa que pretendia instalar ali um complexo turístico, O projeto foi inviabilizado porque a Câmara exerceu o seu direito de preferência e comprou o bairro por cerca de um milhão de euros, precisamente para manter a sua função social e os contratos de arrendamento existentes.