Rui Moreira revelou, na reunião de Câmara desta segunda-feira, que está em curso a classificação da fachada do edifício onde nasceu Almeida Garrett, no centro histórico do Porto, e na qual existe um medalhão alusivo ao escritor que defendeu o liberalismo.
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"Está em curso, por parte do pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto, um processo de classificação daquilo que ali pode ser classificado especificamente, e que é a fachada", adiantou o autarca independente, lembrando que a zona onde está inserida a casa "é património da Humanidade", pelo que o edifício beneficia dessa proteção.
Em resposta à vereadora comunista Ilda Figueiredo, o presidente da Câmara voltou a lembrar que a Câmara tentou adquirir o imóvel para ali instalar o museu do Liberalismo, mas esbarrou na disparidade verificada entre os 1,5 milhões de euros apontados por uma avaliação externa do prédio solicitada pelo Município e os cerca de quatro milhões pedidos pelo proprietário, o que inviabilizou o exercício do direito de preferência por parte da Autarquia.
Afirmando que não há "nenhum fundamento para avançar com uma expropriação" do imóvel, Moreira garantiu que o Município "não ficou parado" no que toca à criação de um museu do Liberalismo, e adiantou que há uma alternativa para esse efeito, e que é a Quinta de Villar d'Allen, a qual "irá passar para o Município do Porto" no decurso das alterações das fronteiras com o concelho de Gondomar.
Trata-se - sublinhou o autarca - de "um edifício claramente ligado a João Allen [um liberal e colecionador] ao Liberalismo e com um conteúdo patrimonial importantíssimo". "Já falamos com a família, e está disponível para permitir o uso como museu do Liberalismo", revelou Rui Moreira.